24.6.11

Epigrama



Poema - David Mourão Ferreira
Música - Francisco Martins
Canta - José Miguel Batista
Guitarra - Francisco Martins
Viola - Rui Pato

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Eu vi a eternidade nos teus dedos!
Eu vi a eternidade, e amedrontou-me
Saber, tão de repente, tais segredos.
Eu não mereci, sequer, saber-te o nome.  

Eis o que espanta: ainda nós sabemos
os gestos rituais de despedida!
E, tarde ou cedo, à noite adormecemos,
embora sem a alma adormecida. 
David Mourão Ferreira