22.10.12

APRe!

APRE - Associação de Pensionistas e Reformados
Foi hoje aprovada a constituição desta Associação, numa reunião muito participada por pensionistas e reformados oriundos de todo o país, cujo número excedeu todas as expectativas, esgotando as instalações da ACM, em Coimbra. 
Presidido por Maria do Rosário Gama em representação da Pró-Associação, o Movimento Cívico desenhou os objectivos a prosseguir, a organização e a implantação territorial da Associação. 
Foram variadas as intervenções que registaram o interesse de delegações de participantes de Guimarães, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa, entre outras.
Vai ser constituída uma Comissão Administrativa a quem incumbe a elaboração do projecto de estatutos bem como do desenvolvimento de todo o processo da institucionalização da APRE.
As pessoas que pretendam aderir devem fazê-lo por mail, para:
apre2012@gmail.com
informando,
- Nome
- N.º BI/CC
- Contacto telefónico
- E-mail
- Localidade de residência
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19.10.12

Torga



A Um Negrilho

Na terra onde nasci há um só poeta.
Os meus versos são folhas dos seus ramos.
Quando chego de longe e conversamos,
É ele que me revela o mundo visitado.
Desce a noite do céu, ergue-se a madrugada,
E a luz do sol aceso ou apagado
É nos seus olhos que se vê pousada.

Esse poeta és tu, mestre da inquietação
Serena!
Tu, imortal avena
Que harmonizas o vento e adormeces o imenso
Redil de estrelas ao luar maninho.
Tu, gigante a sonhar, bosque suspenso
Onde os pássaros e o tempo fazem ninho!

S.Martinho de Anta
26.04.1954

18.10.12

Arregaça


Nem com um grande esforço de boa vontade consigo concordar que o Clube não possa, no futuro Campo da Arregaça, disputar jogos do Nacional de Juniores e do Distrital de Seniores. Nem me parece razoável que o União, para o concretizar, fique refém de uma qualquer eventual decisão dos sócios da AFC, de que somos fundadores. 
Há dias, numa abordagem a este assunto, deixei a sugestão de que a implantação do campo de jogos fosse feita em espaço alternativo à Arregaça. Dei até o exemplo dos terrenos do Programa Polis, no Parque Verde do Mondego, definidos nesse Programa como espaços com aptidão para o lazer e para instalação de campos de jogos. Não ouvi uma voz nem li uma palavra, de ninguém, sobre a ideia. 
Lá que a Câmara - quer o poder quer a oposição - não tivesse dado a mínima importância ao assunto, não é de estranhar. Só os vejo nos jogos do União nas campanhas eleitorais. Vão lá dar beijinhos às velhotas, mostrarem-se à nossa sociedade e prometer sinecuras ao Clube. Fora disso, todos caminham para o mesmo sítio, para outro sítio. 
O que me intriga, causa estranheza e estarrece (ou talvez não) é que ninguém do nosso Clube dissesse uma só palavra sobre isso, alimentasse a ideia ou desse outras sugestões alternativas no mesmo sentido. 
Este já não é o União de que eu me habituei a gostar quando menino ali comecei a praticar natação, onde pratiquei o futebol e onde dei a minha modesta contribuição como dirigente. 
Levo 57 anos de ligação ao Clube e tenho saudades de homens que por lá passaram como aqueles que, com a sua grande determinação e destemor na defesa dos interesses do União, ainda antes do "25 de Abril", afrontaram o poder autocrático da Câmara que, sustentado na ditadura e no terror policial, nos queria expulsar do Estádio Municipal. 
Não o conseguiram! 
Pedro dos Martins

16.10.12

Adriano


Faz hoje 30 anos que faleceu Adriano Correia de Oliveira
Em Coimbra, participou em várias organizações estudantis, foi solista do Grupo Universitário de Danças Regionais no Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), e guitarrista do conjunto ligeiro da Tuna Académica.
Em 1960 publicou o primeiro disco, o EP "Noite de Coimbra", a que se seguiu o álbum "Fados de Coimbra", em 1963, em que optou por musicar poemas de outros autores, designadamente, António Cabral, António Ferreira Guedes e Urbano Tavares Rodrigues.
Quatro anos depois, editou um álbum em nome próprio. Foi em 1967 que deixou Coimbra e partiu para Lisboa, onde trabalhou no gabinete de imprensa da Feira Internacional de Lisboa.
Entre 1968 e 1971, editou uma trilogia dedicada à poesia de Manuel Alegre, com os álbuns "O Canto e as Armas", "Cantaremos" e "Gente d'Aqui e de Agora".
Adriano assumiu-se um cantor "politicamente comprometido" e muitas das canções destes álbuns são entoadas em reuniões da oposição clandestina ao regime político, como "O Senhor Morgado", "Cantar de Emigração" e "Como hei-de amar serenamente".
Manuel da Fonseca, falecido há 19 anos, de quem Adriano cantou, entre outros, os poemas "Tu e eu meu amor" e "Tejo que levas as águas", numa entrevista referiu-se ao cantor da seguinte forma: "Era uma voz por onde, naturalmente, escorria a música e a poesia".
Recusando-se a submeter à Comissão de Censura os seus originais, Adriano Correia de Oliveira, durante quatro anos, não gravou, surgindo um novo álbum, "Que nunca mais", só em 1975, que lhe valeu o título de Artista do Ano, pela revista britânica Music Week.
Militante do Partido Comunista Português, Correia de Oliveira participou activamente nas campanhas de alfabetização, após a Revolução de Abril e, em 1979, foi um dos fundadores da cooperativa Cantabril de que faziam parte, entre outros, José Afonso, Luísa Basto e Luís Cília, acabando mais tarde por abandonar esta estrutura, em rota de colisão com a direcção.
Editou ainda os álbuns "Cantigas Portuguesas" (1980) e "Canção do Linho" (1983), fez concertos de Norte a Sul do país, sempre politicamente empenhado.
Aos 40 anos morreu vítima de uma hemorragia no esófago.
Adriano Correia de Oliveira foi "politicamente empenhado em prol dos outros, porque generoso e solidário, e um homem de coragem", afirmou Manuel da Fonseca.
Ao seu nome são indissociáveis temas como "Trova do vento que passa", "O canto e as armas", "Tu e eu meu amor", "Cantar de Emigração", "Canção com lágrimas" ou "Barcas novas".
A discográfica Movieplay Portuguesa, detentora da extinta etiqueta Orpheu, editou, em 2001, a obra completa de Adriano Correia de Oliveira em sete CD, acompanhada por um livro com as letras e poemas que foram musicados por si. 

14.10.12

Castelo Viegas


1.º Capítulo da Confraria das Couves de Castelo Viegas
Realizou-se ontem o primeiro capítulo da Confraria das Couves de Castelo Viegas.
Fundada de 2010, a Confraria tem como parceira a Junta de Freguesia de Castelo Viegas.
Utilizando um terreno cedido à autarquia, a Confraria instalou ali uma horta comunitária, onde se cultiva a afamada couve de Castelo Viegas. Parte do produto aí criado é destinado a fins de natureza filantrópica.
Carlos Ferreira, Presidente da Junta de Freguesia e também da Confraria, deu a conhecer aos convidados as potencialidades da horta e explicou, também, o ciclo da couve. Seguiu-se a cerimónia de Entronização, missa na Igreja Matriz, desfile das Confrarias acompanhado da Escola de Concertinas da Lousã e almoço no Salão Paroquial.
Parabéns à Confraria, à Junta de Freguesia de Castelo Viegas e ao seu dinâmico Presidente, por esta importante realização.
PM 

13.10.12

Cultura


Manifesto em Defesa da Cultura
A cidade de Coimbra foi palco de várias actividades, com personagens históricas, conversas sobre arte e cultura, música, dança e cinema. O Manifesto reclama 1% do Orçamento de Estado para a Cultura.

10.10.12

Arregaça


Estas são as medidas do terreno onde se encontra instalado o Campo da Arregaça, bancada, edifícios de apoio e terreno sobrante, bem como do espaço onde se implanta o campo de jogo.


É evidente a falta de espaço no território ocupado actualmente pelo Campo da Arregaça, para implantar um campo de futebol com 100x64 metros de área de jogo.
Não é preciso ir lá medir, ao local. Basta medir aqui, na internet, no programa da Google Earth. Os 59 metros de largura total do terreno não o permitem. 
Aproveitámos para simular a implantação do Campo da Arregaça, num espaço de 200x120 metros, no território do Parque Verde (à Arregaça), como se pode observar no rectângulo a vermelho. Os terrenos têm aptidão técnica e regulamentar para a actividade desportiva. É necessário, apenas, haver vontade política para desenvolver a ideia.

6.10.12

Quanto é Doce

















Quanto é doce quanto é bom
No mundo encontrar alguém
Que nos junte contra o peito
E a quem nós chamemos mãe
Vai-se a tristeza o desgosto
Põe-se um ponto na tormenta
Quando a mãe nos dá um beijo
Quando a mãe nos acalenta
E embora seja ladrão
Aquele que tenha mãe
Lá tem no meio da luta
Ternos afagos de alguém

Zeca Afonso

1.10.12

Ramal da Lousã

estação lousã 
1873 - Primeiro episódio da história desta linha

Está em festa a Lousã. A partir de hoje, tem lugar no mundo activo e febril da civilização; ficam-lhe abertas as portas de todos os grandes centros da actividade humana (…) A partir de hoje tem a Lousã o seu caminho-de-ferro.
(excerto do jornal Louzanense de Dezembro de 1906).

A construção do Ramal da Lousã foi oficialmente anunciada por Portaria no reinado de D. Luis I, no ano de 1873. Em 1887 foi concessionada à firma Fonsecas, Santos & Viana uma linha de via reduzida entre Coimbra e Arganil, com passagem por Miranda do Corvo e Lousã. Esta mesma empresa solicita a substituição da via reduzida por uma via larga tendo em mente o possível prolongamento do Ramal da Lousã até à Covilhã, na Linha da Beira Baixa.
Logo no ano seguinte, um segundo alvará atribui a concessão da via à Companhia do Caminho de Ferro do Mondego, que em 1897, declara falência.
Os trabalhos de construção do troço de linha entre Coimbra e Lousã, numa extensão de 29 km, tiveram início em 1889 e prolongaram-se por dezassete anos.
A chegada da primeira locomotiva foi comemorada com pompa e circunstância, o dia 16 de Dezembro de 1906 foi de festa para a Lousã, «houve grandes festejos – muita música e muitos foguetes, tendo afluído ali enorme quantidade de pessoas», como relatava à época o semanário A Comarca de Arganil.
No ano seguinte, em 1907, foram feitas as primeiras tentativas de dar continuidade à obra, prolongando a sua extensão até Arganil, objectivo que nunca viria a ser concretizado para além de Serpins, localidade que ainda hoje é o términus deste Ramal. A inauguração do troço Lousã - Serpins ocorreu no dia 10 de Agosto de 1930.
Por ocasião das comemorações do centenário do ramal da Lousã, em 2006, foi inaugurado em Miranda do Corvo um monumento de homenagem aos ferroviários.