Não
Nenhum poder
há-de calar
o murmúrio das águas
das nascentes
o cântico dos pássaros
voantes
o uivar dos lobos
carecentes
e os sons da natureza
delirantes.
Nenhum poder
há-de impedir
da maresia, o cheiro
penetrante
o brilho do sol
incandescente
a aragem dos ventos
do levante
e as gotas da chuva
na torrente.
Nenhum poder
há-de matar
um sonho de criança
a germinar
o desejo nos jovens
de aprender
o direito no homem
de pensar
da suprema liberdade
o que escolher.
(pm)