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2.11.12
25.9.12
Alberto Pinto Hébil
Terreiro da Erva
Alberto Pinto Hébil
1913 - 1998
Foi aluno de Marcel Thuillier, antigo professor da Academia de Belas-Artes de Paris. Fixou-se em Coimbra em 1934, onde participou em algumas exposições e, mais tarde, nos Estados Unidos, onde inaugurou a Coimbra Gallery of Modern Art em Nova Iorque. Os seus nocturnos destacam-se do conjunto da sua obra, aproximando-se, nesta temática, da pintura de Pedro Olaio.
1913 - 1998
Foi aluno de Marcel Thuillier, antigo professor da Academia de Belas-Artes de Paris. Fixou-se em Coimbra em 1934, onde participou em algumas exposições e, mais tarde, nos Estados Unidos, onde inaugurou a Coimbra Gallery of Modern Art em Nova Iorque. Os seus nocturnos destacam-se do conjunto da sua obra, aproximando-se, nesta temática, da pintura de Pedro Olaio.
15.7.12
Cerâmica de Coimbra

A cidade de Coimbra e o seu concelho, produz cerâmica há muitos séculos, possuindo mesmo, o mais antigo (1145) documento escrito referente à cerâmica nacional. É também nesta cidade de Coimbra que existem provas documentais, do século XVI, que aprovam e regulam os chamados "malegueiros", nome pelo qual eram conhecidos os artífices que coziam as peças por duas vezes. Com a primeira cozedura obtinham a peça chacotada, depois aplicavam um vidrado, e seguidamente coziam-na outra vez, o que permitia a pintura sobre o vidrado.
Terá sido graças às apreciadas porcelanas da China, que eram trazidas pelas naus dos marinheiros portugueses na época dos Descobrimentos, que surgiram as bonitas peças pintadas a azul e branco por estes "malegueiros". Nos dias de hoje a faiança pintada nesta região, e que é vulgarmente chamada de "louça de Coimbra", é única em Portugal e representa a tradição oriental e também a influência do estilo árabe. A tipicidade desta "louça de Coimbra" terá sido alcançada apenas nos anos quarenta, quando as antigas sociedades cerâmicas que existiam desde o século XVIII, tiveram a ideia de começar a fazer reproduções de qualidade das faianças setecentistas que se encontravam nos museus e colecções da cidade. |
28.6.12
Fernando Meireles
Em tempos idos, em Portugal, e em especial em Trás-os-Montes, tocava-se um instrumento, denominado sanfona, que praticamente desapareceu sem deixar rasto. Referido em várias obras bibliográficas e presente na memória de alguns, é hoje novamente usada pelo grupo “Realejo”, de Coimbra, após ter sido retomada a sua fabricação por Fernando Meireles, elemento do referido grupo. Este artífice é o único em Portugal a construir sanfonas e, embora na vizinha Galiza haja outros, o certo é que, devido à qualidade que Fernando Meireles imprime aos seus trabalhos, a quase totalidade das suas encomendas vem precisamente daquela região espanhola.
"Fernando Meireles é um artista e um artesão da mais fina sensibilidade com oficina de violaria posta na cidade de Coimbra (edifício da Associação Académica, instalações da TAUC) desde a década de 1980. Em constante diálogo com construtores e tocadores que regularmente lhe batem à porta, Meireles é sobretudo um sôfrego auto-didacta que tudo tenta experimentar, desde os segredos das madeiras, à invenção de delicadas ferramentas, às gomas e polimentos, aos embutidos manufacturados.
Estudou, construiu e divulgou como ninguém a Sanfona, um instrumento medieval muito popular na Europa, que também se tocava nas ruas de Coimbra. Tem fabricado com elevada qualidade o Cavaquinho, instrumento que está na génese do seu trabalho como construtor. Outra das suas coroas de glória é um Bandolim artesanal, com rosácea na boca e sonoridade excepcional, cujo modelo se acha definido pelo menos desde 2002.
Da Viola Toeira nem vale a pena falar. Não se conhece em Portugal quem a fabrique com mais mimo, delicadeza, fidelidade aos modelos ancestrais e perfeccionismo requintado. Em geral, as produções Meireles apresentam acabamentos muito perfeitos e de grande requinte. Como construtor da Guitarra de Coimbra, Meireles está na linha da frente dos melhores fabricantes. Há tocadores de nomeada que preferem mesmo as guitarras da Oficina Meireles às da Oficina Grácio.
A Oficina de Fernando Meireles não é apenas uma sala comprida com um banco de carpintaria, muita ferramenta e velhos cordofones pendentes das paredes. É uma escola de vida, um recanto ecológico e apaziguador das iras do quotidiano, um local de tertúlia onde o artesão recebe de portas francas.
Não raro, Meireles recebe e vai conversando com os visitantes (quase todos eles admiradores da sua arte) enquanto trabalha. No meio da conversa pode tocar um pouco de sanfona ou de cavaquinho. Numa das vezes que passei na sua oficina fizemos uma brincadeira simpática, eu com uns acordes numa Viola Toeira do Manuel Louzã Henriques e o Meireles no Cavaquinho.
Os preços não são para todos os bolsos, mas a elevadíssima qualidade de Meireles paga-se (isto nada tem a ver com violeiros que, com pouca arte e muita banha da cobra fabricam instrumentos de qualidade duvidosa não se inibindo de praticar preços escandalosos!).
A obra de Meireles tem merecido justa divulgação, inclusive no canal Odisseia da TV Cabo, não sendo demais as palavras que possam alargar o conhecimento público da sua arte."
AMNunes
26.2.12
Colégio das Artes
Coimbra
Colégio das Artes
Em meados do século XVI, os Jesuítas começavam a afirmar-se em Portugal como os mais empenhados na causa do ensino. Em Coimbra fundaram, em 1542, o primeiro colégio em que ensinaram no país, dele saindo depois professores para Lisboa e outras cidades de várias partes do mundo, onde criaram mais estabelecimentos do género. Poucos anos depois o rei concedia-lhes o controlo do famoso Colégio das Artes onde se realizava o ensino preparatório que dava acesso à Universidade.
O Colégio das Artes foi criado em 1547 e começou a funcionar no ano seguinte sob a direcção do Principal André de Gouveia e com os seus companheiros bordaleses. Já sob a direcção dos jesuítas passou para a Alta de Coimbra, em 1555, onde se fixaria até ao século XIX, quando foi convertido em Liceu.
Os Liceus portugueses foram criados, em 1836, pelo chefe do governo Passos Manuel. O diploma da criação dos Liceus, determinava que se instalasse um em cada capital de distrito e dois em Lisboa. Pretendia-se com isso oferecer uma maior ilustração humanística, científica e técnica à população portuguesa.
As dificuldades económicas não permitiram que se fosse tão depressa e tão longe quanto se desejava. Os primeiros Liceus só foram instalados em 1840. Assim, pode dizer-se que o Colégio das Artes de Coimbra, criado em 1548 e reformado na época pombalina, constituiu o primeiro estabelecimento liceal a funcionar no país, não só porque, ao ser reformulado, manteve a maioria dos professores, mas também porque ficou com as respectivas instalações.
20.1.12
14.12.11
Rio Mondego
Daniel Pinheiro
Realizador
Este documentário, filmado em Maio/Junho de 2011 e que tem o Rio Mondego como protagonista, corresponde ao trabalho final de mestrado do jovem realizador de Coimbra, Daniel Pinheiro, na Universidade Britânica de Salford.
Trata-se duma viagem pelo rio, da nascente até à foz, que inclui registos da vida selvagem. É um trabalho que exigiu muita paciência, com imensas horas de espera em abrigos, como aconteceu com o melro-d’água em que foi necessária uma espera de uma semana para o filmar.
Trata-se duma viagem pelo rio, da nascente até à foz, que inclui registos da vida selvagem. É um trabalho que exigiu muita paciência, com imensas horas de espera em abrigos, como aconteceu com o melro-d’água em que foi necessária uma espera de uma semana para o filmar.
10.12.11
Ainda da Lisonja à Lei dos Graves

Abrunheiro - Coimbra / 1994
Do pântano de outrora, resta a secura do chão, todo ele gretado, a toda a extensão que os olhos persigam. É a vileza do deserto denunciada há muito. Ou será a ameaça, antes promessa tão vicejante como o cristal das risadas infantis em liberdade, a consumar-se. Ou ainda a sensação inimaginável de cócegas, desde sempre conservadas na lembrança, se nos fosse concedida a puerilidade de pisar e repisar esse mesmo chão definido por medonhas gretas com os pés a nu, o que equivale a dizer tão descalços e libertos de calos como à nascença.
Qual máscara aquém da queda iminente, a tela devolve o dia à noite e o sol é a lua. Mas persiste a sombra estendida na terra, que nem lençol por demais puído a corar no areal. E mais uma vez em pose (porque é já recorrente, ainda que obscura, esta evocação dos versículos da fruta roubada e mordiscada pelos primatas iniciais), a nudez personificável como hipótese de tentação, e tão ali à mão, que se lhe toca.
Ajuste-se então o ludíbrio à ficção da realidade, e o deserto tornará a vicejar para repouso, ou repasto, de quem nas lendas acredite ainda.
josé daniel abrunheiro
Do pântano de outrora, resta a secura do chão, todo ele gretado, a toda a extensão que os olhos persigam. É a vileza do deserto denunciada há muito. Ou será a ameaça, antes promessa tão vicejante como o cristal das risadas infantis em liberdade, a consumar-se. Ou ainda a sensação inimaginável de cócegas, desde sempre conservadas na lembrança, se nos fosse concedida a puerilidade de pisar e repisar esse mesmo chão definido por medonhas gretas com os pés a nu, o que equivale a dizer tão descalços e libertos de calos como à nascença.
Qual máscara aquém da queda iminente, a tela devolve o dia à noite e o sol é a lua. Mas persiste a sombra estendida na terra, que nem lençol por demais puído a corar no areal. E mais uma vez em pose (porque é já recorrente, ainda que obscura, esta evocação dos versículos da fruta roubada e mordiscada pelos primatas iniciais), a nudez personificável como hipótese de tentação, e tão ali à mão, que se lhe toca.
Ajuste-se então o ludíbrio à ficção da realidade, e o deserto tornará a vicejar para repouso, ou repasto, de quem nas lendas acredite ainda.
josé daniel abrunheiro
16.11.11
Coro dos Escravos

"O CORO DOS ESCRAVOS" (OU "O SOL É DOS BRANCOS")
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1978
(Óleo s/ madeira - 168 x 56)
Colecção Particular J.O.
Ainda imberbe e com acne na técnica e no porquê da pintura, “pintei” mentalmente este quadro, uns quatro anos antes de o pintar deveras, quando pela primeira vez me vi a ouvir com séria atenção o "Coro dos Escravos" do “Nabuco” de Verdi. Prometi a mim mesmo, na ocasião, que um dia pintaria um quadro com esse nome; e que o faria ouvindo em contínuo o “Va pensiero”, hino de afirmação revolucionária numa Itália então sufocada por austríacos e franceses. E assim veio a ser. É óbvio que estes meus escravos nada têm a ver com os que o bom do Giuseppe pôs a cantar na margem do Jordão, os hebreus. Mas tentam ser expressão da força ― passe a imodéstia ― que ele, de que soberba maneira, com que sublime encanto, tão bem soube perenizar através da música.
Obrigado, amigão Giuseppe, pelo empurrão que me deste.
José Daniel Abrunheiro, em Coimbra e aos 12 de Junho de 2006
8.10.11
Vasco Berardo
Vasco Berardo nasceu em Coimbra em 1933. Autodidacta convicto, é difícil extrair do seu longo curriculum elementos que definam a sua obra por ser uma das mais extensas e variadas a nível nacional. Foram seus mestres José Contente, António Vitorino, Manuel Pereira e o arquitecto Fernandes. Fez a sua primeira exposição em 1951 com Os Novos de Coimbra. Colaborou com o C.A.P.C. e foi um dos fundadores do M.A.C..
Realizou até hoje exposições individuais e colectivas em todo o país e no estrangeiro. Destacou-se como medalhista contando hoje com cerca de 500 medalhas na sua vasta obra.
Escultura em bronze e madeira, cerâmica, azulejaria, pintura, tapeçaria, metais e obra gráfica fazem parte do seu mundo, da sua inovação e criatividade. O seu período Neo-Realista deixou uma marca profunda na cidade de Coimbra com o mural do velho Café Mandarim, hoje MacDonald's.
Realizou até hoje exposições individuais e colectivas em todo o país e no estrangeiro. Destacou-se como medalhista contando hoje com cerca de 500 medalhas na sua vasta obra.
Escultura em bronze e madeira, cerâmica, azulejaria, pintura, tapeçaria, metais e obra gráfica fazem parte do seu mundo, da sua inovação e criatividade. O seu período Neo-Realista deixou uma marca profunda na cidade de Coimbra com o mural do velho Café Mandarim, hoje MacDonald's.
1.9.11
Rostos

Foto de Luis Garção Nunes
"(...) Crestados e encarquilhados, os rostos dos velhos parecem pergaminhos milenários onde uma pena cruel traçou fundas e trágicas legendas.(...)"
Miguel Torga
30.8.11
Cerâmica de Coimbra

Garrafa pintada à mão, cópia daquela que se encontra exposta no Museu Nacional Machado de Castro. Está datada do início do século XVII.
Os brasões são motivos que caracterizam a louça de Coimbra dando-lhe um aspecto nobre e único. A garrafa reproduz o brasão da Rainha Santa Isabel.
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