30.7.12

Fernando Assis Pacheco


Jornalista e escritor, nasceu em Coimbra em 1 de Fevereiro de 1937. Morreu no dia 30 de Novembro de 1995 como gostariam de morrer muitos escritores: numa livraria. Foi na Bucholz, em Lisboa.

Chula das Fogueiras

Amor amor meu big amor
eu dizia shazam e tu não me ligavas

pus Mandrake a seguir-te hábil nos truques

e tu não me ligavas

em qualquer planeta verde e avançadíssimo
tu não me ligavas

estendi o meu braço Homem de Borracha até S. Martinho do Bispo
e tu não me ligavas ponta nenhuma

tu querias era casar na Sé Nova
branquingénua abusar do meu livre alvedrio

fiz-te pois um manguito do tamanho dum choupo
e cá estou pai de filhos um bocado estragado

mas não por tua causa que já não existes
ó sombra de sombra à esquina da farmácia.

Fernando Assis Pacheco

26.7.12

Balada dos Meus Amores


Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra
Constituído por antigos estudantes da Universidade de Coimbra, apresentou-se pela primeira vez em Dezembro de 1980, por ocasião das comemorações do centenário do Orfeon Académico de Coimbra, onde o Coro foi buscar as suas raízes institucionais.
Com um reportório bastante eclético – música sacra, operática, popular, entre outras – tem dedicado particular cuidado à interpretação coral da canção de Coimbra, tratando temas que foram divulgados pelas vozes de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira ou Luís Góis, acrescentando-lhe por vezes também a riqueza tímbrica da guitarra portuguesa.
Realizou mais de seis centenas de concertos e apresentações, em Portugal e no estrangeiro (Europa, Américas – do Norte e do Sul – África e Oriente), sendo de destacar as actuações em sedes de Organizações Internacionais, nomeadamente, o Parlamento Europeu, o Tribunal das Comunidades Europeias, a Comissão Europeia, a UNESCO e a ONU.
Realizou actuações com grandes nomes da música, tanto a nível nacional como internacional.
Assim, para além de ter gravado um CD com a Orquestra Filarmónica de Londres, o coro actuou com José Carreras, Simone, Rui Veloso, Luís Represas, Sara Tavares, Nuno Guerreiro, Dulce Pontes, Carlos Guilherme, André Sardet, Vitorino, Janita Salomé, Cristina Branco e Mariza.
Conquistou vários prémios em competições internacionais, tendo ganho a Medalha de Prata no XVI Festival de Música de Natal e Advento em Praga (2006) e a Taça de Ouro "Pedro O Grande" no II World Choir Festival de São Petersburgo (2008).
É dirigido pelo maestro Virgílio Caseiro desde 2003.
Agraciado com o grau de Membro Honorário da Ordem de Mérito por Sua Excelência o Presidente da República, o Coro possui a Medalha de Mérito do Ministério da Cultura e a Medalha de Mérito Cultural da Cidade de Coimbra, a Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra, a Medalha de Prata e a Taça do Parlamento Europeu.
Mas um dos troféus de que mais se orgulha é da referência que fez ao Coro Sua Santidade o Papa João Paulo II, quando a ele se dirigiu após uma actuação no Vaticano “ Dos anjos diz-se que cantam no Céu. Nós andamos a ensaiar na Terra para cantar um dia com eles no Céu. Mas um pouco do Céu já se ouve quando vós cantais”.
(CAOUC)

25.7.12

Feira das Velharias

pedroflaviano
21º aniversário
Feira de Exposição e Mostra de Velharias de Coimbra
28 julho | Praça do Comércio | 9h00-19h00

A próxima edição da Feira de Exposição e Mostra de Velharias de Coimbra assinala o 21º aniversário da criação oficial do evento, que decorre a cada quarto sábado de cada mês, num espaço da cidade que é, por excelência, historicamente, apropriado para actos comerciais: a Praça do Comércio (antiga Praça Velha).

24.7.12

Greve Geral

coimbra ant

Coimbra em Greve Geral
Em Junho e Julho de 1913, esteve à discussão no Congresso da República um projecto de lei da comissão do orçamento do ministério do interior, para a dissolução e encerramento da Universidade de Coimbra. Em 28 de Junho este projecto de Lei foi rejeitado, aparecendo no seu lugar o “desdobramento” da faculdade de direito, que não estava anteriormente previsto.
A reacção em Coimbra foi enorme, independentemente da rejeição da proposta de encerramento da Universidade, os comerciantes também viam no desdobramento o fim económico da cidade.
No dia 29 de Junho, a comissão distrital depõe o seu mandato ao Governador-Civil (João de Deus Ramos). Nesse mesmo dia, a Associação Comercial de Coimbra, reúne-se e vota por unanimidade o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais e industriais da cidade.
No dia 30 de Junho a praça de Coimbra suspende todos os pagamentos.
No dia 1 de Julho a greve é geral e Coimbra está totalmente paralisada tal como noticia o Diário de Noticias de 3 de Julho: "a cidade mantém os seus estabelecimentos comerciais e industriais encerrados, tendo-se estendido a greve a outras classes que ainda ontem não se tinham declarado."
A associação de artes-gráficas resolveu não deixar que se publicassem os jornais desta cidade e encerraram todas as tipografias. Paralisou o serviço dos eléctricos, luta-se com a impossibilidade de obter meio de transporte, quer dentro da cidade, quer para viagem. Muitos operários da construção civil estão em greve; também o estão os das obras municipais excepto das águas e gás. Vêem-se muitas bandeiras a meia-haste. Foram queimados, no Largo Miguel Bombarda muitos exemplares de um jornal de Lisboa afecto ao governo.

Cartas Portuguesas

21.7.12

Anos Setenta


Canção do Trovador
Autores: Manuel Alegre e António Portugal
Canta: António Bernardino

O Povo da Cidade
No afã do dia-a-dia.
Uma canção, uma trova 
Uma verdade 
E o sorriso de esperança
Que irradia e se renova
Num rosto imaculado
De criança
(pm)

15.7.12

Cerâmica de Coimbra

A cidade de Coimbra e o seu concelho, produz cerâmica há muitos séculos, possuindo mesmo, o mais antigo (1145) documento escrito referente à cerâmica nacional. É também nesta cidade de Coimbra que existem provas documentais, do século XVI, que aprovam e regulam os chamados "malegueiros", nome pelo qual eram conhecidos os artífices que coziam as peças por duas vezes. Com a primeira cozedura obtinham a peça chacotada, depois aplicavam um vidrado, e seguidamente coziam-na outra vez, o que permitia a pintura sobre o vidrado.
Terá sido graças às apreciadas porcelanas da China, que eram trazidas pelas naus dos marinheiros portugueses na época dos Descobrimentos, que surgiram as bonitas peças pintadas a azul e branco por estes "malegueiros".
Nos dias de hoje a faiança pintada nesta região, e que é vulgarmente chamada de "louça de Coimbra", é única em Portugal e representa a tradição oriental e também a influência do estilo árabe. A tipicidade desta "louça de Coimbra" terá sido alcançada apenas nos anos quarenta, quando as antigas sociedades cerâmicas que existiam desde o século XVIII, tiveram a ideia de começar a fazer reproduções de qualidade das faianças setecentistas que se encontravam nos museus e colecções da cidade.

10.7.12

Tertúlias de Verão



Ciclo de Tertúlias de Verão na Brasileira
Objectivos: Numa cidade em que o conhecimento e o debate de ideias fazem parte intrínseca da sua razão de ser e consequentemente do seu Património Imaterial, as Tertúlias deverão voltar a constituir um espaço importante na dinâmica do presente e na construção do futuro de Coimbra.
Nesta fase de apreciação da Candidatura de Coimbra a Património Mundial da Humanidade considera-se particularmente oportuno relançar, de uma forma estruturada e em moldes contemporâneos, as celebres Tertúlias na Brasileira, uma das mais famosas.
Em que consiste: Realização de um Ciclo de Tertulias durante o Verão, em que se debaterão diferentes Temas, de importância relevante para a vida da Cidade. A cidadania, a modernidade e as soluções para o quotidiano serão temas recorrentes.
Destinatários: Toda a população de Coimbra em geral. Comerciantes, gestores de marca, donos de cafés e restaurantes, hoteleiros, agentes de turismo, pequenos e médios empresários, profissões liberais, comunicação social, mas também professores, estudantes, intelectuais e todos aqueles que pretendem uma Coimbra melhor, mais dinâmica, interveniente e capaz de responder aos desafios que se lhe colocam. Não serão esquecidos os antigos componentes das Tertúlias da Brasileira, de algumas décadas atrás.
Metodologia e Formato: 1) Apresentação da Tertúlia e dos oradores convidados 2) Evocação do que eram as Tertúlias na Brasileira, sempre que possível por um componente das Tertúlias de então 3) Tema principal da noite por orador convidado, especialmente qualificado 4) Debate alargado a todos os participantes.
Local e Ambiente: Todas as Tertúlias serão realizadas no Café “A Brasileira” (Rua Ferreira Borges). Sempre que o tempo o permitir na Esplanada ao ar livre. O cenário imparável da Ferreira Borges será local privilegiado para o debate de ideias franco, agradável e construtivo, enquanto se saboreia uma bebida e se degustam os apetitosos doces ali fabricados.
Dia 11 de julho de 2012 - 21h – Como conquistar novos clientes em contexto de crise.
Estes tempos são tempos de crise ou de mudança? Quem são os novos clientes? O que esperam os novos clientes, de nós? Em que é que os novos clientes mudaram? Que novas formas de atuação para os conquistar? Onde estão os casos de sucesso?
Às 21h na esplanada do Café A Brasileira, estando presente como orador convidado Rui Murta (Mestre em Marketing).
Dia 25 de julho – 21h – Programas de apoio à reabilitação do Centro Histórico de Coimbra. Que resultados ao fim de uma década?
Qual a melhor solução para dinamizar a Baixa? Como passar a mensagem de uma Baixa segura? Porque é que a Baixa não vende? Como aproveitar o aumento do fluxo turístico? Como operacionalizar o voluntariado que quer colaborar?
Às 21h na esplanada do Café A Brasileira, estando presente como orador convidado Sidónio Simões, Chefe do Gabinete para o Centro Histórico.

8.7.12

Fado Triste


Raízes de Coimbra
Rui Pato e Humberto Matias - Viola
Paulo Alexandre e Octávio Sérgio - Guitarra 
Canta - Mário Rovira