25 de Agosto de 2012
Homenagem às Lavadeiras da Freguesia de Torres do Mondego
Era aqui, no Recanto do Vale d'Azenha do nosso rio, que minha avó Antónia, durante a ausência, para o Brasil, do meu avô Júlio, ganhava o sustento dos seus filhos a lavar a roupa dos senhores da cidade.
Ele, que foi para o Brasil à procura de uma vida mais rica para a sua família, voltou tão pobre como quando daqui saiu. Então, quando regressou, continuou sapateiro até morrer e ela lavadeira até poder.
Lutaram pela vida no esforço dum trabalho pouco valorizado para encontrarem, mesmo assim, algum espaço de felicidade.
Pedro Martins