9.9.11

Contos de Fajão

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Assim se rosna por sua vila e termo
O Juiz de Fajão estava um dia sentado à porta do tribunal com um pé calçado e outro não, a dobrar uma meada, quando chegou um sujeito ali dos lados do Vidual e perguntou: diz-me onde é que mora aqui o Juiz de Fajão? (não pediu por favor nem o tratou por senhoria)
E vai aqui assim o Juiz: olhe, o senhor vá por esta rua acima e volte por aquela rua abaixo; onde encontrar um homem sentado à porta, a dobrar uma meada, com um pé calçado e outro não, esse é que é o Senhor Doutor Juiz de Fajão.
O homem foi por aquela rua acima, voltou por aquela rua abaixo, e não encontrou nenhum homem sentado à porta, a dobrar uma meada, com um pé calçado e outro não, senão aquele. Então caiu nela e disse: saberá Vossa Senhoria que eu fui por esta rua acima e voltei por aquela rua abaixo, e não encontrei nenhum homem sentado à porta, a dobrar uma meada, com um pé descalço e outro não, senão Vossa Senhoria.
Vossa Senhoria é que é o Senhor Doutor Juiz de Fajão?
- Assim se rosna por sua vila e termo!

8.9.11

Tabernas de Coimbra



As tabernas, de épocas passadas, desempenharam um papel importante no seio das comunidades em que se inseriam, sendo testemunhos da vida económica, social, cultural e política das populações. Lugares de venda a retalho de vinhos e petiscos, funcionavam como espaços de sociabilidade, sobretudo, entre as classes populares e a academia. As tabernas de Coimbra, fazem também a história da cidade.

7.9.11

Greve Académica

Greve Académica 1907
1907
Coimbra

A Greve Académica de 1907 foi um dos acontecimentos sociais e políticos que mais marcou o governo de João Franco, tendo origem num incidente universitário, rapidamente se transformou num assunto de repercussões nacionais. A contestação estudantil pretendia uma renovação pedagógica, cultural, intelectual e política da Universidade de Coimbra que ocupava a posição cimeira dos estabelecimentos de ensino superior. A partir da década de 60 do século XIX que se verificam tensões entre o espírito universitário retrógrado e o espírito académico renovado, assim a Universidade de Coimbra tornou-se nestes últimos anos de monarquia num espaço de contestação e rebelião. Verifica-se cada vez mais um distanciamento entre a juventude estudantil e a própria instituição, que estava imbuída num liberalismo conservador de uma monarquia tradicionalista. Depois de na década de 70 terem existido as primeiras manifestações públicas de estudantes republicanos, os anos 80 são marcados por vários protestos estudantis contra o foro académico e em 1890 a Universidade foi palco de patrióticos protestos antimonárquicos por ocasião do Ultimato. Nos primeiros anos do século XX, anteriores à Greve de 1907, houve protestos em 1902 e 1903 contra a política religiosa de Hintze Ribeiro, o que levou à suspensão dos trabalhos escolares após confrontos entre alunos e as forças policiais, em que eram elaboradas cerradas críticas aos processos medievais da Universidade.

6.9.11

Recordando


Coimbra
Julho de 2009


Homenagem a António Pinho Brojo e António Portugal no adro da igreja de Santa Cruz.
Iniciativa do Grupo "Guitarras de Coimbra" a que se juntaram  alguns conhecidos cantores do Fado de Coimbra e ainda o Grupo de Canto e Guitarra de Coimbra do Centro Cultural Regional de Santarém.
Fernando Rolim canta o inédito "As Guitarras" e o Grupo interpreta "Trova do Vento que Passa".
Apresentação de Sansão Coelho

5.9.11

Feira dos Estudantes

Feira dos Estudantes
1870
O Largo da Feira em dia de Feira Franca


À semelhança da Feira Franca da Universidade de Salamanca, D. João III instituíu em Coimbra uma Feira Franca dos Estudantes que se realizava às terças feiras no Largo da Feira, terreiro fronteiro ao adro da Igreja do Colégio de Jesus ( Sé Nova).
O Largo da Feira foi, durante séculos, o forum académico por excelência. Ali se realizavam serenatas, discursos, assembleias magnas, a Queima das Fitas, provas espontâneas de ginástica, combates de jogadores de varapau e a temível "bicha" que serpenteando entrava e saía de vendas e tabernas.

Do cancioneiro popular:

Adeus, ó Largo da Feira
Cercado de cravos brancos
Onde o meu amor passeia
Domingos e dias santos

Senhor Francisco Bandarra
Na Feira dos Estudantes
Passeia de noute e dia
Só para ver as amantes

4.9.11

Estrelas


Augusto Simões

Augusto ("O Astrónomo") é uma figura emblemática da antiga e histórica aldeia de Podentes. Interessa-se e dedica-se ao estudo do nosso Universo. Fica aqui uma pequena amostra da sua sabedoria, exibida aos seus amigos, à porta da adega do Zé Falcão.   

2.9.11

Ondas do Mar


Fernando Rolim

Meu amor vem sobre as ondas
Meu amor vem sobre o mar
Ai quem me dera morrer
Nas águas do teu olhar

Dos meus olhos meu amor
Nascem as ondas do mar
Lágrimas tristes que choro
Saudades do teu olhar

1.9.11

Rostos

Foto de Luis Garção Nunes
Foto de Luis Garção Nunes

"(...) Crestados e encarquilhados, os rostos dos velhos parecem pergaminhos milenários onde uma pena cruel traçou fundas e trágicas legendas.(...)" 
Miguel Torga