19.1.12

Pé Descalço

pé descalço
Regulamento para Coimbra
«Gustavo Teixeira Dias, bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, juiz do 1.º juízo criminal do Porto e Governador Civil deste distrito administrativo.
Considerando que se torna indispensável, neste distrito – e, pelo menos nos seus centros mais importantes – reprimir o trânsito na via pública de pessoas descalças;
Considerando que tal medida se impõem, não só em defesa da higiene e saúde pública, mas ainda do bom nome do país, onde não deve continuar esse espectáculo degradante, incompatível com a doçura do próprio clima e já hoje banido de países civilizados;
Considerando ainda que essa repressão se tem feito já, e com resultados apreciáveis, nas duas cidades de Lisboa e Porto;
Atendendo, finalmente, a que não se deve agravar-se, sem justa e indestrutível razão, um aspecto externo de pobreza;
Usando das atribuições que a lei me confere, designadamente, os artigos 185.º e 188.º do Código Administrativo aprovado por Carta de Lei de 6 de Maio de 1878, nesta parte em vigor por força do disposto no decreto-lei n.º 12.073, de 9 de Agosto de 1926;
Tenho por conveniente, com a prévia aprovação do Governo, pelo ministro do Interior, determinar o seguinte:
Artigo 1.º - A partir de 1 de Maio do corrente ano, e na área de Coimbra, é proibido o trânsito de pessoas descalças na via pública.
§ único – Entende-se por área da cidade, para este efeito, a que é ou venha a ser delimitada nas posturas municipais.
Artigo 2.º - As disposições deste Regulamento poderão, contudo, ser aplicadas a outras localidades do distrito, por decisão do Governador Civil.
Artigo 3.º - A transgressão do disposto neste Regulamento será punido com a multa de 50 a 200 escudos. A reincidência será punida com o dobro da pena.
Artigo 4.º - O produto das multas a que se refere o artigo anterior, liquidado na forma legal, dará entrada no cofre do Governo Civil, com destino à assistência pública.»
Governo Civil do Distrito de Coimbra, 24 de Fevereiro de 1934

18.1.12

Brasil

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Brasil
onde vivi,
Brasil onde penei,
Brasil dos meus assombros de menino:
Há quanto tempo já que te deixei,
Cais do lado de lá do meu destino!

Que milhas de angústia no mar da saudade!
Que salgado pranto no convés da ausência!
Chegar.
Perder-te mais.
Outra orfandade,
Agora sem o amparo da inocência.

Dois pólos de atracção no pensamento!
Duas ânsias opostas nos sentidos!
Um purgatório em que o sofrimento
Nunca avista um dos céus apetecidos.

Ah, desterro do rosto em cada face,
Tristeza dum regaço repartido!
Antes o desespero naufragasse

Ente o chão encontrado e o chão perdido

Torga

17.1.12

União de Coimbra

Futebol
Este briosos atletas amadores representaram o União de Coimbra na década de cinquenta do século passado.
Foto cedida por Carlos Falcão.

9.1.12

Cantiga Para Quem Sonha


Quarentuna de Coimbra
Luis Goes e Carlos Carranca

Música: João Figueiredo Gomes
Letra: Leonel Carlos Duarte Neves

Tu que tens dez réis de esp'rança e de amor
Grita bem alto que queres viver.
Compra pão e vinho, mas rouba uma flôr:
Tudo o que é belo não é de vender.
Não vendem ondas do mar,
Nem brisa ou estrelas,
Sol ou lua-cheia.
Não vendem moças de amar,
Nem certas janelas
Em dunas de areia.
Canta, canta como uma ave ou um rio,
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
Nem é preciso que saiba cantar.

Tu que crês num mundo maior e melhor
Grita bem alto que o céu 'stá aqui.
Tu que vês irmãos, só irmãos, em redor
Crê que esse mundo começa por ti.
Traz uma viola, um poema,
Um passo de dança,
Um sonho maduro.
Canta glosando este tema:
Em cada criança
Há um homem puro.
Canta, canta como uma ave ou um rio,
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
Nem é preciso que saiba cantar.

5.1.12

Coimbra Menos

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Escolas Básica Quinta das Flores

Dezenas de crianças que frequentam o primeiro ciclo e o jardim-de-infância das escolas da Quinta das Flores e de Montes Claros voltaram a ficar, hoje, sem almoço, soube o “Campeão”.
Trata-se de uma situação idêntica à ocorrida ontem, porquanto a Gertal, empresa contratada pela Câmara de Coimbra para as refeições escolares, havia distribuído comida insuficiente para o número de alunos.
Questionado pelo nosso Jornal, o vereador da Câmara de Coimbra, João Orvalho, confirmou o sucedido e declarou que já foram pedidos esclarecimentos à empresa de restauração.
O edil remeteu para o dia de amanhã uma tomada de posição sobre este assunto, uma vez que está agendada uma reunião com os responsáveis da Gertal, com o objectivo de tratar de um conjunto de situações que, no seu entender, “não estão a correr da melhor forma”.
Sobre esta matéria, o presidente da Câmara de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo, admitiu, hoje de manhã, que o Município pode recorrer à resolução do contrato com a empresa contratada pela autarquia para o fornecimento das refeições escolares.
O edil reagiu, desta forma, ao facto de as refeições ontem distribuídas, à hora do almoço, não terem chegado para todas as crianças que frequentam o primeiro ciclo e o jardim-de-infância nas escolas da Quinta das Flores e de Montes Claros.
“É uma situação grave e não pode acontecer”, disse Barbosa de Melo.
O autarca defende que a Gertal tem um contrato com o Município, que implica fornecer as refeições nas escolas, a determinadas horas e cumprindo um conjunto de regras que estão bem definidas.
“Há um caderno de encargos que não está a ser cumprido; ou a empresa cumpre o contrato ou a Câmara pode recorrer à sua resolução”, afirmou.
Desde que iniciou a prestação do serviço de confecção e distribuição de refeições para as escolas do primeiro ciclo e jardins-de-infância do concelho de Coimbra, a Gertal tem vindo a ser alvo de várias críticas relacionadas quer com a quantidade quer com a qualidade das refeições.
Uma destas situações foi motivadora de uma queixa apresentada junto da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, por membros do Conselho Geral da Escola Secundária de Avelar Brotero, visando a empresa de restauração por esta se ter recusado a apresentar o livro de reclamações.
(Campeão Online)

4.1.12

Tracção Eléctrica


Eléctricos de Coimbra

Berta Duarte, directora do Museu Municipal de Coimbra, fala sobre os 100 anos do Carro Eléctrico em Coimbra.

3.1.12

Anthero Alte da Veiga


1866 - 1960

Anthero da Veiga, natural de Cerdeira - Arganil, foi estudante de Coimbra, contemporâneo de Hilário. Notável guitarrista, considerado na época o maior do país, foi pioneiro dos concertos de guitarra em Portugal. Afirmava Anthero da Veiga: "A minha orientação é, sobretudo, folclórica, procurando passar a canção popular à forma literária sem lhe alterar o "lied", antes respeitando a sua ingenuidade e singeleza, quando se trata de uma estilização".
Animava as festas dos Santos Populares tendo tocado, em Coimbra, nas “fogueiras” do Largo do Romal e do Mercado do Calhabé.
Desenvolveu, durante a sua vida, uma intensa actividade pública, tendo sido notário, administrador do território, jornalista e diplomata.

1.1.12

Ano Novo



Começamos o ano com o cantar das Janeiras pelo "Grupo de Concertinas de Gois Sem Eira Nem Beira", na companhia do "Rancho Folclórico Serra do Ceira", numa ronda pela Aldeia de Aigra Velha.