Ó amor dá-me os teus braços
Qu'eu dou-te o meu coração;
Ando presa por abraços
Fogueiras do S. João
As Fogueiras faziam-se em largos e ruas de toda a cidade. Enfeitava-se o recinto, cravando-se ao centro um pinheiro ou mastro alto donde partiam festões de verdura para outros mastros em volta, ou para as paredes das casas próximas, tudo enfeitado com bandeiras e balões de papel. Ao centro, geralmente num pequeno estrado ou palanque, ficavam os tocadores e em volta dançava a rapaziada, que as modas das Fogueiras são todas dançadas de roda...
Nas Fogueiras mais espontâneas e populares nada era preparado. Apenas se exigia que as pessoas soubessem cantar e obedecessem às ordens «berradas» pelo mandador. Sem mandador não havia Fogueira que prestasse. Ele é que indicava a coreografia e as «figuras» a executar: Roda à direita! Ao contrário, palmas! Mulheres dentro! E eu virei! Meia volta! Chegadinho! Tudo certo! Havia mandadores famosos. Cada Fogueira competia com o seu. O mais conhecido de todos deve ter sido o António Calmeirão, sapateiro, cujos ditos pitorescos animavam dançadores e assistência e às vezes feriam os ouvidos mais delicados.
E lá andavam até de madrugada, cantando e bailando o Marinheiro, o Trevo, a Amendoeira, o Maneio, a Padeirinha, o Balancé, o Gabriel, a Bonequinha, o Preto, as Carvoeiras, e tantas outras modas que seriam longo enumerar. Na mais vezes entoada e dançada, dizia-se:
Fogueiras do S. João,
O que elas vieram dar:
Roubaram o meu amor
Na maior força de amar!
Qu'eu dou-te o meu coração;
Ando presa por abraços
Fogueiras do S. João
As Fogueiras faziam-se em largos e ruas de toda a cidade. Enfeitava-se o recinto, cravando-se ao centro um pinheiro ou mastro alto donde partiam festões de verdura para outros mastros em volta, ou para as paredes das casas próximas, tudo enfeitado com bandeiras e balões de papel. Ao centro, geralmente num pequeno estrado ou palanque, ficavam os tocadores e em volta dançava a rapaziada, que as modas das Fogueiras são todas dançadas de roda...
Nas Fogueiras mais espontâneas e populares nada era preparado. Apenas se exigia que as pessoas soubessem cantar e obedecessem às ordens «berradas» pelo mandador. Sem mandador não havia Fogueira que prestasse. Ele é que indicava a coreografia e as «figuras» a executar: Roda à direita! Ao contrário, palmas! Mulheres dentro! E eu virei! Meia volta! Chegadinho! Tudo certo! Havia mandadores famosos. Cada Fogueira competia com o seu. O mais conhecido de todos deve ter sido o António Calmeirão, sapateiro, cujos ditos pitorescos animavam dançadores e assistência e às vezes feriam os ouvidos mais delicados.
E lá andavam até de madrugada, cantando e bailando o Marinheiro, o Trevo, a Amendoeira, o Maneio, a Padeirinha, o Balancé, o Gabriel, a Bonequinha, o Preto, as Carvoeiras, e tantas outras modas que seriam longo enumerar. Na mais vezes entoada e dançada, dizia-se:
Fogueiras do S. João,
O que elas vieram dar:
Roubaram o meu amor
Na maior força de amar!
Nos tempos de hoje, no Largo do Romal, a tradição é ainda seguida.