31.8.11

Santa Clara-a-Velha



Um curioso exemplar de experimentação portuguesa do gótico é o Convento de Santa Clara de Coimbra, melhor conhecido por Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. A fundação é posterior a 1286, mas só com o auxílio de D. Isabel de Aragão, as obras do edifício actual tiveram início. Devido ao alagamento provocado pelas cheias do Rio Mondego, o mosteiro ficou parcialmente soterrado e foi abandonado.
Em 1991 foi iniciado um ambicioso projecto de recuperação e valorização.
O mosteiro volta a abrir ao público a 18 de Abril de 2009, com um novo centro interpretativo.
Este novo centro consiste num edifício de mil metros quadrados, com funções museológicas, dotado de um auditório, salas de exposições, uma loja e uma cafetaria.

30.8.11

Cerâmica de Coimbra

Faiança de Coimbra

Garrafa pintada à mão, cópia daquela que se encontra exposta no Museu Nacional Machado de Castro. Está datada do início do século XVII.
Os brasões são motivos que caracterizam a louça de Coimbra dando-lhe um aspecto nobre e único. A garrafa reproduz o brasão da Rainha Santa Isabel.

29.8.11

Tarde de Serenata


Paulo Soares

Guitarra no Palácio de São Marcos
Tema: Tarde de Serenata (Paulo Soares)
Guitarra, Som: Paulo Soares
Imagem: Eduardo Esteves
Realização: Paulo Soares / Eduardo Esteves

28.8.11

O Amor e o Tempo

Photobucket
António Feijó

Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.

Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

— «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
— «Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» — Nesse momento,

Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!


António Feijó

27.8.11

Exploratório



Centro de Ciência Viva de Coimbra

O Exploratório Infante D. Henrique, primeiro centro interactivo de Ciência em Portugal, foi constituído em 1995 como associação sem fins lucrativos. Tem a Universidade de Coimbra e a sua Faculdade de Ciências e Tecnologia como principais associados fundadores e a Casa Municipal da Cultura de Coimbra como anfitriã.
Nasceu da iniciativa do Estado de criação de centros de iniciação à ciência, dirigidos à população em geral, nos anos 90.
Em 1998, foi integrado na rede de Centros Ciência Viva, como centro pluridisciplinar, e em 2000 obteve o reconhecimento de utilidade pública.
Em 2009, passou a dispor de um edifício próprio, no Parque Verde do Mondego, com uma exposição principal dedicada às relações entre as ciências básicas e a saúde.

26.8.11

Joaquim Namorado

Joaquim Namorado, poeta

Metam o burro na gaiola
de doiradas grades
e tratem-no a alpista
se quiserem
- é só um despropósito
Mas esperar dele o trinar
Do canário melodioso
É simplesmente tolo

Joaquim Namorado

_____________________________

Joaquim Namorado nasceu em 1914, em Alter do Chão, e faleceu em Coimbra no ano de 1986.
Licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Exerceu durante dezenas de anos o professorado no ensino particular, já que o ensino oficial, durante o fascismo, lhe esteve vedado.
Depois do 25 de Abril, ingressou no quadro de professores da secção de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Sendo um dos iniciadores e teóricos do movimento neo-realista, colaborou nos Cadernos da Juventude, nas revistas Altitude, Seara Nova, Vértice, nos jornais O Diabo e Sol Nascente e editou na colectânea de poesia Novo Cancioneiro a sua primeira obra poética, Aviso à Navegação.
Quando director da Revista de cultura e arte Vértice, ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos de Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Um dia, apareceu na redacção um agente da PIDE a intimidar: “Ó Senhor Doutor Joaquim Namorado, avise o Carlos Marques para ter cuidadinho, que nós já estamos de olho nele”...
Foi um apaixonado pela Figueira da Foz onde teve uma modesta residência na vertente sul da Serra da Boa Viagem.
Em Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram grandes vultos da cultura e da democracia portuguesa. Em sequência disso, a Câmara Municipal da Figueira instituiu o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”, um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional. Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com ele.



Bibliografia: Aviso à Navegação; Incomodidade; Poesia Necessária; Obras, Ensaios e Críticas - Uma Poética da Cultura; Prefácio a Ferreira, Manuel - Voz de Prisão; A Guerra Civil Espanhola na Poesia Portuguesa.

25.8.11

Balada do Encantamento

Manuel Branquinho



Um trabalho da autoria de José Pais de Almeida e Silva, dedicado à cidade de Leiria, com interpretação de Manuel Branquinho.

24.8.11

Futricas

futrica

Fernando Assis Pacheco
no livro 
"Trabalhos e Paixões de Benito Prada"


Benito Prada é um galego de Ourense que veio ganhar a vida para Coimbra, estabelecendo-se com uma loja de fazendas nas Escadas de São Tiago.
...O seu estatuto de pequeno comerciante, agravado pela curta experiência na mestra de Ventosela, fazia dele um futrica, ou seja não-escolar, com o acesso gravemente condicionado ao círculo da ilustração.
Neste, se é permitido o excurso, cabiam os licenciados pelas várias faculdades, os estudantes, os sacerdotes e bem assim os militares a partir de oficial subalterno. No entanto podia ser cooptado um simples funcionário público ou, com liberalidade talvez excessiva, mesmo um empregado de balcão ou similar - o que se usava menos - desde que tivesse feito um ou dois anos de liceu e as tertúlias dos cafés, rubicões severos, resolvessem admiti-lo. Dava-se também o caso de alguém bem posicionado nas câmaras do saber arrastar à soga um próximo parente sem grandes estudos nem dinheiro sonante; esse, depois de analisado pelo júri da cidade letrada, se passasse com aproveitamento todos os graus de iniciação e ajustasse o nó da gravata ao modelo em voga, era recebido como igual pelos ilustrados.
Um bom apelido, melhor ainda se dobrado, tornava mais fácil esta operação, dada a sensibilidade do burgo à componente aristocrática. Aliás os aristocratas, na sua maior parte já sem bens de raiz e muitos deles roçando a pobreza envergonhada, vivendo a glória postiça de terem um avô citado, ainda que sob o estigma da bastardia, num cronicão dos frades crúzios, eram como universitários congénitos.
Ao lado, e bem entendido por cima, estavam os titulares das grandes fortunas, que o lente Maia Júnior exemplificava, mas não de todo, dado ser mestre laureado de Propedêutica Médica e não necessitar de mais atributos para declarar-se, como era, um excelso doutor. O benfeitor da Giraldiya não queria saber destas minudências, tendo até um dito para sacudir a prosápia dos ilustrados: "Posso bem com a Universidade, as baratas das estantes é que me enervam."
Livrava-se igualmente do entediante xadrez político da época tal e qual se livrara o pai, fechando o portão na cara aos chefes dos partidos com a desculpa das eleições fazerem perder as amizades. Politica e ilustração eram mundos concêntricos no mapa da I República.
Os estudantes pesavam desde há séculos na vida de Coimbra. Benito Prada gastou ainda mais tempo a interpretar esse aparente mistério, que suportava com náusea nos dias de festa. Achava má educação que eles trouxessem para a rua os trastes velhos e toda a sorte de latas vazias, com que organizavam cortejos de um pretenso humor insuportável.
"Insuportável para si", discordou Jorge Ourives um sábado em que os festejos desaguaram nas Escadas de São Tiago. "Estão na idade de fazer estas coisas, e se averiguar um a um, são quase todos rapazinhos da província, criados em meio pequeno, chegam cá e julgam-se uns cães galgos. Só os ensinam mal num ponto: a detestar os futricas."
"Há um particular que você não sabe", disse então o galego. "Futrica também se usa na minha terra entre os afiadores, significa coisa sem valor. Se eu adivinhasse que era este desterro tinha pensado duas vezes."
"Antes de vir? Mas veio, e quer deitar raízes em Coimbra. Vingue-se, homem, vingue-se com a ferramenta que tem: faça um filho e mande-o tirar o curso mais caro da Universidade, e se não for suficiente faça-o reitor, faça-o administrador do concelho, faça-o ministro, ou como o Sidónio diz, secretário de Estado".
Benito estava em brasa:
"Olhe-me aquele rexelo a molhar as pessoas com o regador!"
"Pois não devia, não senhor" disse o ourives imperturbável, "mas quem sabe se do rexelo não vai sair um martinho. Ou o futuro cardeal patriarca."
O galego pretendia à viva força bater no engraçado. Viajara os seus anos jovens com uma carroça, um mulo e uma bolsa de dinheiro atada à cinta por dentro das calças, disfarçada com o colete; refreara até à indecência os motivos de diversão, e mesmo Do Céu não tinha sido mais do que um acaso proporcionado pelo Grego. O ourives apartou-o:
"Deixe regar o rapaz, que é para a gente ver se cresce!"
Semanas depois, sem o confessar, achou uma graça supina a outra festa em que os estudantes queimaram as fitas de seda com as cores das faculdades num penico de esmalte, embebedando-se exaltadamente. Populares juntaram-se ao grupo e capitanearam a música. Havia um coxo com uma viola braguesa e uma mulher de preto que cantava os fados de César Magliano, bonitos de chorar. Benito trauteou uma muiñeira do San Bartolomé mas ninguém sabia o acompanhamento.

23.8.11

Fado das Pombas


Guitarra - Carlos Paredes
Viola - Fernando Alvim
Canta - Pedro Ramalho

Dizem que as almas são pombas
Brancas, negras, não sei bem.
A minha, só tem das pombas
As penas que as pombas têm.

Aqueles a quem acenas
O lenço na despedida
São felizes, têm penas
Eu sofro sem pena a vida.

22.8.11

Avenida Navarro

Av Navarro

Coimbra
Era assim a Avenida Navarro antes da construção da Estação Nova.

21.8.11

A Cidade e os Poetas



De todos os cilícios, um, apenas
Me foi grato sofrer:
Cinquenta anos de desassossego
A ver correr
Serenas
As águas do Mondego

Miguel Torga

20.8.11

Museu da Ciência

museu da ciência

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra é um museu interactivo de ciência que procura dar a conhecer a ciência a públicos de todas as idades, a partir das colecções de instrumentos científicos da Universidade de Coimbra e de um conjunto de experiências e actividades que envolvem o visitante.
Mantém uma actividade muito diversificada, entre exposições temporárias, visitas guiadas, conversas com cientistas e ateliers, que têm tido um excelente e crescente acolhimento na sociedade portuguesa.
A requalificação do Laboratorio Chimico, edifício único, representativo da história da Química, constitui a primeira fase de um projecto que visa constituir um grande pólo nacional de divulgação de ciência e de museologia científica.
A exposição permanente ‘Segredos da Luz e da Matéria’ combina o contacto com os objectos que ilustram a história da ciência, em Coimbra e em Portugal, com a exploração dos conteúdos, através de experiências interactivas e de suportes multimédia.

19.8.11

O Metro



Ai como é triste
À luz do dia
Alguém levar
Os carris que havia

Para que não caia no esquecimento, convém recordar aqui um dos momentos da intervenção pública de um grupo de cidadãos em luta pela reposição do caminho de ferro da Lousã. Foi na baixa de Coimbra, em 23 de Janeiro. Já tarda uma decisão definitiva sobre esta questão e nota-se que anda tudo muito calado. Que se passa?

18.8.11

Prof. Dr. Manuel Andrade

MAndrade

11/12/1899
19/12/1958


Licenciado pela faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1922, com a mais alta classificação dada a um aluno - 19 valores, Manuel Andrade era dotado de uma inteligência invulgar.
Em 1923 foi nomeado assistente na mesma faculdade e doutorou-se no ano seguinte com a classificação máxima de 20 valores.
Nomeado professor catedrático no ano de 1932, tornou-se num enorme vulto da jurisprudência portuguesa e a sua fama correu o país inteiro.
Além de professor foi um doutrinador em Direito e por variadíssimas revistas jurídicas deixou o seu apreciável trabalho literário. Escreveu também "Ensaios sobre a Interpretação das Leis" e "Teoria Geral da Relação Jurídica".
Era tido como o maior civilista da Península Ibérica e, também, um dos maiores jurisconsultos portugueses de todos os tempos.

17.8.11

Rainha Santa



Milagre das Rosas
Acto teatral sobre a lenda da Rainha Santa

A estória mais popular da Rainha Santa Isabel é, sem dúvida, a do milagre das rosas. Este milagre foi originalmente atribuído à sua tia-avó Santa Isabel da Hungria. Provavelmente por corrupção da lenda original, e pelo facto de as duas rainhas possuírem o mesmo nome e fama de santas, passou também a ser atribuída a Isabel de Aragão.

16.8.11

Calhabé

CalhabEstdio-1

Coimbra
Anos 50 - Sec. XX


Fotografia do lado sul do estádio, junto à passagem de nível do Calhabé. Vê-se, à direita, um velho edifício que servia de armazém da Câmara, junto ao local onde foi edificada a residência paroquial. A vedação do estádio já era em gradeamento de ferro que substituiu a primitiva vedação em adobes de cimento. Há bastantes automóveis estacionados o que indicia tratar-se de um dia de futebol.

15.8.11

Tecedeiras d'Almalaguês



A tecelagem manual em Almalaguês, a maior freguesia rural do concelho de Coimbra, é uma riqueza patrimonial de significado incalculável. As colchas trabalhadas no tear com a paciência minuciosa de muitas horas de pequeníssimos punhados de perfeitos efeitos de linha, são as peças mais belas e ricas deste artesanato. Contudo, os tapetes, os conjuntos de panos, as toalhas de rosto e banho manufacturadas no tear artesanal, as passadeiras e carpetes coloridas, são uma riqueza a não perder nunca!
A tecelagem manual constitui a actividade económica mais importante da freguesia de Almalaguês. Em alguns lugares da freguesia, encontramos a tecedeira artesã isolada, ou de parceria com uma companheira. Utilizam um tear rudimentar manual, instalado no seu próprio domicílio. Para além do tear, há ainda a destacar alguns instrumentos que embora não fazendo parte dele, intervêm de modo significativo na execução das tarefas preliminares da tecelagem; a dobadoira, o caneleiro, o restelo, a urdideira, a burra ou arames e a espadilha.

14.8.11

Feira das Cebolas

feira das cebolas 2011

A venda das tranças ou résteas de cebolas, nesta Feira da Praça Velha, é uma tradição medieval e foi reposta há vinte e seis anos pelo Grupo Folclórico dos Camponeses de Vila Nova de Cernache, recriando a antiga Feira de S. Bartolomeu.
Paralelamente à actividade dos ceboleiros, que vendem aqui os seus produtos, desenvolvem-se outras acções que visam a promoção da gastronomia, dos jogos tradicionais, do folclore e da etnografia da Região do Mondego.
Ontem à noite, na abertura da Feira, da Praça Oito de Maio até à Praça Velha desfilaram duzentas e cinquenta réstias de cebolas, entrançadas pelos ceboleiros de Vila Nova e transportadas por elementos de grupos folclóricos, pelo público e por turistas que passeavam pela Baixa. A trança gigante mais não foi do que um cordão de gente que segurava entre si réstias de cebolas das terras de Cernache.

13.8.11

Eléctricos de Coimbra



Em 1 de Janeiro de 1911 era inaugurada, em Coimbra a tracção eléctrica. Escrevia assim, nesse dia, o jornal "Notícias de Coimbra":
“A instalação da tracção eléctrica de Coimbra que hoje se inaugurou é digna de especial menção não só pela perfeição técnica com que está executada, como também e muito especialmente por ter sido montada como serviço municipalizado a cargo da Câmara Municipal de Coimbra.
Compreende 3 linhas: uma da Estação Velha à Alegria, outra da Estação Nova à cidade Alta (Universidade) e a terceira da Estação Nova a Santo António dos Olivais. As tarifas fixadas pela Câmara Municipal foram estabelecidas sob o judicioso critério de chamar o público pela fixação de preços reduzidos e zonas curtas, as mais baratas custam 20 réis.
Pode dizer-se afoitadamente que a instalação da tracção eléctrica de Coimbra é uma instalação modelar sob todos os pontos de vista.
Os carros (cinco) cujos equipamentos eléctricos são da mesma procedência, carroseries e trucks saíram das conhecidíssimas oficinas de J. G. Brill, de Filadélfia (EUA), são elegantíssimos e confortáveis. O seu aspecto, sobretudo quando à noite circulam iluminados pelas ruas de Coimbra é esplêndido”.
Na madrugada do dia 9 de Janeiro de 1980, os eléctricos recolheram pela última vez às instalações situadas na Rua da Alegria onde se encontram, ainda, algumas unidades. Foi o fim de 69 anos de serviço prestado a Coimbra pelos velhos eléctricos. Esperemos que um dia seja criado um Museu vivo dos Eléctricos de Coimbra trazendo-os de novo às ruas da cidade.

12.8.11

Torga

m torga

Começo

Magoei os pés no chão onde nasci.
Cilícios de raivosa hostilidade
Abriram golpes na fragilidade
De criatura
Que não pude deixar de ser um dia.
Com lágrimas de pasmo e de amargura
Paguei à terra o pão que lhe pedia.

Comprei a consciência de que sou
Homem de trocas com a natureza.
Fera sentada à mesa
Depois de ter escoado o coração
Na incerteza
De comer o suor que semeou,
Varejou,
E, dobrada de lírica tristeza,
Carregou.

Miguel Torga

_____________

A Casa-Museu Miguel Torga assinala o aniversário do nascimento do poeta - 12 de Agosto de 1907 - com um programa de realizações que decorre até ao final de Setembro.
A 7 de Setembro está previsto o lançamento do livro “Miguel Torga – O Poeta Pintor”, de Maria Fernanda do Amaral Soares e, no dia 16, Maria Alzira Seixo, catedrática da Universidade de Lisboa, profere a palestra “O Douro de Miguel Torga”.
Uma visita cultural a São Martinho de Anta, com homenagem do Município de Coimbra através do descerramento de uma lápide, é a iniciativa prevista para 30 de Setembro.

11.8.11

Caminho de Ferro



Ramal da Lousã

Inaugurado em 1906, foi desactivado em final de 2009 para execução de obras de remodelação. Até quando?

10.8.11

Centro Norton de Matos

Centro Norton Matos

Passa hoje o 60.º Aniversário da fundação do Centro Norton de Matos.
Fundado em 10 de Agosto de 1951 pelo “Núcleo dos 15”, grupo de residentes onde pontificava o primeiro presidente da colectividade, Prof. José Maria Gaspar, o Centro começou por dedicar-se, essencialmente, a actividades de carácter recreativo, denominando-se, então, Centro de Recreio Popular do Bairro Marechal Carmona.
O Centro Norton de Matos que conta, actualmente, com mais de dois mil associados, dedica a sua acção a um vasto leque de iniciativas de natureza cultural, desportiva e recreativa.
Aqui prestamos a nossa homenagem aos seus sócios fundadores:
- Agostinho Deus Pereira
- António Silva Santos
- António Fernandes
- António Lobo Quaresma
- António Ferreira
- António Ferrão
- Fernando Umbelino
- Jorge Batista
- João de Sousa e Silva
- João Alves Pinto
- José Maria Gaspar
- José Esteves Alves
- Marcos Franco
- Mário Jorge
- Torreira da Silva

9.8.11

Portugal no Mundo



Nuno Carvalho
Artista plástico de Coimbra radicado em Barcelona

Nasceu em 1978, em Coimbra. Iniciou os seus estudos de cerâmica na ARCA, em Coimbra. Realizou, posteriormente, estudos de Modelação e Escultura Contemporânea no Cencal, Caldas da Rainha. Entre 2005 e 2006 desenvolveu as suas actividades na cidade do Porto, com um estágio na Cooperativa Árvore e como monitor de Cerâmica Criativa no Crat e de crianças e Invisuais no Museu Nacional Soares dos Reis.
Bolseiro do Programa Leonardo Da Vinci, colaborou com a Escola de Arts Pau Gargallo de Badalona e vive em Barcelona.

8.8.11

Coimbra Mais

05082011536.

O Calhabé passará a dispor, a partir do início do próximo ano lectivo, de um moderno centro escolar destinado às crianças do 1.º ciclo do ensino básico e da educação pré-escolar.
Foi construído nos terrenos onde, durante muitos anos, no século passado, existiu uma fábrica de passamanarias, propriedade do Sr. Vitorino Planas Dória, figura de relevo da indústria têxtil local. Ali, ganharam o seu sustento, muitos homens e mulheres desta cidade.
O projecto desta escola teve em conta preocupações de ordem ambiental, sendo de referir a concepção do edifício em L aberto, virado para Sul/Nascente, que permite a entrada de luz natural durante o período das aulas.
O edifício principal contará com grandes áreas de utilização comum: sala polivalente, refeitório, copa, sala de trabalho dos professores, sala de atendimento dos pais, biblioteca e sala de professores. O recreio foi concebido com áreas de correr e brincar, árvores de sombra, um polidesportivo coberto e zonas verdes.
O novo centro escolar ocupará apenas um sexto do terreno de 12.000 m2 e foi projectado de forma a descomprimir a densa ocupação da zona. É uma escola inserida dentro de um enorme jardim público, um espaço verde com o dobro da área do centro escolar, aberto ao público em geral, com um parque infantil e uma estação de vitalidade em circuito sénior.

6.8.11

Nossa Senhora de Vagos

canto d'alma



Canta - António Matos
Letra e Música - Almeida d'Eça
Arranjos - António Brojo e António Portugal

Nossa Senhora de Vagos
Que moras à beira mar
Tende dó dos navegantes
Que vão p'ró mar a pescar

Ficam em terra Senhora
Muitas almas a chorar
Nossa Senhora de Vagos
Fazei que voltem do mar

5.8.11

Calhabé Circulação


Clube Recreativo do Calhabé

No ano de 1933 foi ensaiada, estreada em Coimbra e exibida no Clube Recreativo do Calhabé, a revista de costumes "Calhabé Circulação". O seu autor foi Cipriano de Carvalho e, dentre outros, participou o actor amador, barbeiro de profissão e também tocador de violão, José Lopes da Fonseca (Zé Trego).
Recordo aqui a letra de uma música desta popular revista, numa versão cantada amiudadas vezes por Alberto Chocolate e por Armando Ferreira, há cerca de cinquenta anos, em rescaldo das patuscadas no Emiliano França.

Tocador de harmónio acerta a pancada
E faz daquilo uma voz bem timbrada
Não é do harmónio que foge à maçada
Mas sim do tocador que perdeu a noitada

A lua é branca mas não leva véu
Gosto de ti meu anjo do céu
Eu gosto de ti, tu de mim não gostas
Eu olho p'ra ti, tu viras -me as costas

4.8.11

Garraiada



Garraiada
Antiga Praça de Touros de Coimbra, em Santa Clara

A Garraiada da Queima das Fitas, foi realizada pela primeira vez em 1929 na Praça de Santa Clara, embora alguns digam que a Garraiada já faria parte das festividades desde finais do século XIX ou princípios do século XX.

3.8.11

Santa Cruz

IgrejaStaCruz-IIGGuerra

No decorrer da II Guerra Mundial, foi assim protegida a Igreja de Santa Cruz, contra eventuais bombardeamentos.

2.8.11

Zeca

Zeca afonso.


Coro da Primavera

Recordamos aqui Zeca Afonso na passagem do 82.º aniversário do seu nascimento

1.8.11

Gr Folclórico de Coimbra


Balada de Coimbra de José Elyseu

O Grupo Folclórico de Coimbra iniciou a sua actividade em 06 de Janeiro de 1986 e fez a sua primeira apresentação pública no "1º Encontro sobre a Alta de Coimbra", que decorreu no Teatro Paulo Quintela da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no dia 24 de Outubro de 1987.
Funcionou, entre 1986 e 1994, como secção cultural da Casa do Pessoal da Universidade de Coimbra e, em 15 de Maio de 1995, constituiu-se como associação cultural independente com personalidade jurídica.
É uma associação de carácter cultural que tem como finalidades a recolha, o estudo, a reconstituição e a revivência dos costumes e artes tradicionais do povo da cidade de Coimbra e arredores, nomeadamente, nos domínios da poesia, da música, da dança e do trajo.
É orientado desde a sua fundação pelo Professor Doutor Nelson Correia Borges, antigo aluno da Escola Industrial e Comercial de Brotero, nos anos cinquenta, onde fez o Curso Complementar do Comércio. Posteriormente, pela Universidade de Coimbra, é licenciado em História, na pré-especialização de Arqueologia Clássica e Doutorado em História de Arte. Sendo Professor jubilado de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é académico correspondente da Academia de Belas Artes e fundador de duas associações de defesa do património cultural (GAAC e APDML).