Metam o burro na gaiola
de doiradas grades
e tratem-no a alpista
se quiserem
- é só um despropósito
Mas esperar dele o trinar
Do canário melodioso
É simplesmente tolo
Joaquim Namorado
_____________________________
Joaquim Namorado nasceu em 1914, em Alter do Chão, e faleceu em Coimbra no ano de 1986.
Licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Exerceu durante dezenas de anos o professorado no ensino particular, já que o ensino oficial, durante o fascismo, lhe esteve vedado.
Depois do 25 de Abril, ingressou no quadro de professores da secção de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Sendo um dos iniciadores e teóricos do movimento neo-realista, colaborou nos Cadernos da Juventude, nas revistas Altitude, Seara Nova, Vértice, nos jornais O Diabo e Sol Nascente e editou na colectânea de poesia Novo Cancioneiro a sua primeira obra poética, Aviso à Navegação.
Quando director da Revista de cultura e arte Vértice, ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos de Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Um dia, apareceu na redacção um agente da PIDE a intimidar: “Ó Senhor Doutor Joaquim Namorado, avise o Carlos Marques para ter cuidadinho, que nós já estamos de olho nele”...
Foi um apaixonado pela Figueira da Foz onde teve uma modesta residência na vertente sul da Serra da Boa Viagem.
Em Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram grandes vultos da cultura e da democracia portuguesa. Em sequência disso, a Câmara Municipal da Figueira instituiu o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”, um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional. Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com ele.
Licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se ao ensino. Exerceu durante dezenas de anos o professorado no ensino particular, já que o ensino oficial, durante o fascismo, lhe esteve vedado.
Depois do 25 de Abril, ingressou no quadro de professores da secção de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Sendo um dos iniciadores e teóricos do movimento neo-realista, colaborou nos Cadernos da Juventude, nas revistas Altitude, Seara Nova, Vértice, nos jornais O Diabo e Sol Nascente e editou na colectânea de poesia Novo Cancioneiro a sua primeira obra poética, Aviso à Navegação.
Quando director da Revista de cultura e arte Vértice, ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos de Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Um dia, apareceu na redacção um agente da PIDE a intimidar: “Ó Senhor Doutor Joaquim Namorado, avise o Carlos Marques para ter cuidadinho, que nós já estamos de olho nele”...
Foi um apaixonado pela Figueira da Foz onde teve uma modesta residência na vertente sul da Serra da Boa Viagem.
Em Janeiro de 1983, por iniciativa do jornal Barca Nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram grandes vultos da cultura e da democracia portuguesa. Em sequência disso, a Câmara Municipal da Figueira instituiu o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”, um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional. Santana Lopes, quando passou pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com ele.
Bibliografia: Aviso à Navegação; Incomodidade; Poesia Necessária; Obras, Ensaios e Críticas - Uma Poética da Cultura; Prefácio a Ferreira, Manuel - Voz de Prisão; A Guerra Civil Espanhola na Poesia Portuguesa.