29.9.11

Xanana Gusmão

Xanana Honoris Causa Coimbra

Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra
Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, Prémio da Paz de Sydney pela sua Coragem e Liderança para a Independência do povo de Timor-Leste e já investido, em Portugal, como doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, Xanana acedeu ontem ao grau de doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.
Na cerimónia realizada na sala dos capelos, Xanana Gusmão fez um discurso onde começou por manifestar a sua grande emoção pelo momento que estava a viver ao tornar-se doutor pela Universidade de Coimbra. Muito crítico em relação à chamada globalização que, disse, atrofia as mentes e usa as liberdades e a democracia em favor dos interesses dos poderosos e dos mais fortes, afirmou acreditar que os jovens de hoje serão capazes de assegurar um futuro diferente, de maior humanismo e justiça social.

28.9.11

Traçadinho



Desta vez estou mesmo à rasca
Vou-me pirar de mansinho
Não volto àquela tasca
Não bebo mais traçadinho

27.9.11

Greve Geral

greve

Coimbra
Em Junho e Julho de 1913, esteve à discussão no Congresso da República um projecto de lei da comissão do orçamento do ministério do interior, para a dissolução e encerramento da Universidade de Coimbra. Em 28 de Junho este projecto de Lei foi rejeitado, aparecendo no seu lugar o “desdobramento” da faculdade de direito, que não estava anteriormente previsto.
A reacção em Coimbra foi enorme, independentemente da rejeição da proposta de encerramento da Universidade, os comerciantes também viam no desdobramento o fim económico da cidade.
No dia 29 de Junho, a comissão distrital depõe o seu mandato ao Governador-Civil (João de Deus Ramos). Nesse mesmo dia, a Associação Comercial de Coimbra, reúne-se e vota por unanimidade o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais e industriais da cidade.
No dia 30 de Junho a praça de Coimbra suspende todos os pagamentos.
No dia 1 de Julho a greve é geral e Coimbra está totalmente paralizada tal como noticia o Diário de Noticias de 3 de Julho: "a cidade mantém os seus estabelecimentos comerciais e industriais encerrados, tendo-se estendido a greve a outras classes que ainda ontem não se tinham declarado."
A associação de artes-gráficas resolveu não deixar que se publicassem os jornais desta cidade e encerraram todas as tipografias. Paralisou o serviço dos eléctricos, luta-se com a impossibilidade de obter meio de transporte, quer dentro da cidade, quer para viagem. Muitos operários da construção civil estão em greve; também o estão os das obras municipais excepto das águas e gás. Vêem-se muitas bandeiras a meia-haste. Foram queimados, no Largo Miguel Bombarda muitos exemplares de um jornal de Lisboa afecto ao governo.
Cartas Portuguesas

26.9.11

A cidade



Um passeio ao som da guitarra pelos recantos mais escondidos com paragem obrigatória na Universidade, na Quinta das Lágrimas, no Penedo da Saudade. Ao passar pelas janelas mais bonitas, que inúmeras gerações de estudantes marcaram e continuam a marcar com apaixonantes serenatas, recordamos o Fado de Coimbra.

24.9.11

A Cidade do Sonho



Sofres e choras? Vem comigo! Vou mostrar-te
O caminho que leva à Cidade do Sonho...
De tão alta que está, vê-se de toda a parte,
Mas o íngreme trajecto é florido e risonho.

Vai por entre rosais, sinuoso e macio,
Como o caminho chão duma aldeia ao luar,
Todo branco a luzir numa noite de Estio,
Sob o intenso clamor dos ralos a cantar.

Se o teu ânimo sofre amarguras na vida,
Deves empreender essa jornada louca;
O Sonho é para nós a Terra Prometida:
Em beijos o maná chove na nossa boca...

Vistos dessa eminência, o mundo e as sombras,
Tingem-se no esplendor dum perpétuo arrebol;
O mais estéril chão tapeta-se de alfombras,
Não há nuvens no céu, nunca se põe o Sol.

Nela mora encantada a Ventura perfeita
Que no mundo jamais nos é dado sentir...
E a um beijo só colhido em seus lábios de Eleita,
A própria Dor começa a cantar e a sorrir!

Que importa o despertar? Esse instante divino
Como recordação indelével persiste;
E neste amargo exílio, através do destino,
Ventura sem pesar só na memória existe...

António Feijó

23.9.11

Tricanas de Coimbra

Tricana Emblemática

Ninguem como ella traja
A gosto do namorado:
Lenço de pontas atraz,
Chalinho de sobraçado,

Chinela curta, a fugir,
Embora o pé seja leve
E pequenino de ver
Na meia branca de neve;

Corpete todo a estalar,
Saia subida e ligeira,
Aventalinho tamanho
Como folha de figueira.

Manuel da Silva Gayo

22.9.11

Rua Larga


1990
Toada Coimbrã

Autor - Carlos Figueiredo
Guitarras - João Paulo Sousa e António Vicente
Violas - João Carlos Oliveira e Jorge Mira Marques
Canta  - Rui Pedro Lucas

21.9.11

Hotel Astória

hotel astória
Hotel Astória
O Hotel Astória fica situado numa área nobre de Coimbra, na Avenida de Emídio Navarro, junto a uma das principais entradas da cidade, feita pela Ponte de Santa Clara, sobre o rio Mondego, em frente ao Largo da Portagem e perto do edifício da Estação Nova. O projecto, atribuído ao arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira, data de 1925, sendo a obra de 1929, e resolve de forma brilhante e rigorosa o remate sul do quarteirão em que se insere.
O edifício insere-se na década de 20 do século XX, em que, relacionados com uma transformação dos costumes e com as novas necessidades do conforto moderno, surgem equipamentos hoteleiros de luxo, associados aos principais centros turísticos Foi fundado por Alexandre Almeida, criador da cadeia de equipamentos hoteleiros, Hotéis Alexandre Almeida. Inicialmente gestor da então Hospedaria Monumental, que deu lugar ao Palace Hotel do Buçaco, comprou depois o Palace da Curia e o Hotel Europa em Lisboa, e finalmente, em 1926, fundou o Hotel Astória.
No corpo do gaveto, regista-se uma placa em bronze com a inscrição: «Desta varanda Humberto Delgado falou à população de Coimbra em 31 de Maio de 1958».

20.9.11

Zeca Afonso



Autobiografia 
As minhas primeiras veleidades de cantor surgiram quando andava no 6º ano do liceu. As noites passava-as em deambulações secretas pela cidade, acompanhado de meia-dúzia de meliantes da minha idade, amantes inconsequentes da noite. Com uma guitarra e uma viola fazíamos a festa. Estávamos ainda longe do hieratismo triunfal das serenatas na Sé Velha diante de multidões atentas e respeitosas. O velho Flávio Rodrigues continuava a ser o «Mestre», venerado por um pequeno discipulado de guitarristas e acompanhadores que com ele se reuniam numa pequena casa do bairro de Celas onde acabou os seus dias minado por uma doença fatal. 
Do convívio com esse homem torturado ficou-me a recordação de uma instabilidade impotente e resignada ao peso das terríveis limitações materiais que acompanharam até ao fim o lento processo destruidor do nosso companheiro. 
Seguiu-se um período de promoção fadística em que acabaram por me colocar no palanque das estrelas de primeira grandeza. Outros acompanhadores (peritos e sisudos) e outras oportunidades em viagens promovidas pela Tuna e pelo Orfeon. São dessa época as minhas idas a África e as tournées através da província. Recordo-me de ter participado na inauguração de uma auto-maca, para os bombeiros voluntários de Pádua e de, por diversas vezes, ter dormido ao relento nos «pinhais do rei». 
Nestas andanças percorri as estradas do país esticando o polegar a quem passava sobre rodas, ou, mais afortunadamente, pagando com fados e canções a hospitalidade com que me recebiam em suas casas, pobres, ricos e fidalgos arruinados. 
Por motivos económicos fui forçado a deixar Coimbra antes de concluído o curso e a leccionar em colégios particulares. O contacto concreto com a situação profissional no sentido mais amplo foi-me pouco a pouco endurecendo. 
Em Coimbra as coisas mudavam lentamente. Novas remessas de estudantes, menos pitorescos mas mais conscientes do que os do meu tempo, mais devotados aos problemas que fatalmente surgiam num meio sufocado por tradição, as mais das vezes inútil, intentam, à semelhança do que já outras gerações haviam feito, romper declaradamente com o bafio, pôr de parte a quinquilharia passadista do velho romantismo do «Penedo», realizar ao nível associativo uma modernização da vida académica dentro dos limites a que os forçava o estreito meio geográfico em que viviam. 
Lá longe no Algarve, chegavam-me os ecos destes acontecimentos. Embora em doses insignificantes, e já um pouco tarde, tentei acertar o passo por esse ritmo coordenador de energias há muito desencadeadas, mas sem o sentido de oportunidade de que careciam para se converterem em acção positiva e fértil. 
Nessas pequenas descobertas adquiri a noção do tempo perdido, abominei a cidade onde a minha alegria de viver inutilmente estiolara ouvindo «tanger os bordões da viola», calcorreando ruas, frequentando as casas de prego, bebendo bicas nos cafés da baixa ou escutando, mais por imposição do que por prazer, as arengas dos teóricos da bola.
Nalgumas andanças por Lisboa tomei esporádico contacto com outros meios estudantis. Rapazes novos, dinâmicos, combativos, de pés bem assentes na terra, com os quais, embora de uma forma efémera, muito me foi dado a aprender. Ganhei amizades, rejuvenesci e sobretudo senti na carne a urgência de alguns problemas que até então mal tinham afectado a minha maneira de ser. 
Numa disposição de espírito muito diferente da que me levara a procurar fora de Coimbra uma largueza de horizontes que a cidade me negara, renovei um pouco o meu conhecimento dos homens e dos lugares. O Algarve foi por então a minha pátria adoptiva. Nos sapais da ria de Faro e nos areias do sotavento algarvio passava eu as melhores horas do dia junto do barco simbólico que o António Barahona salvara do esquecimento e da decomposição. 
Só muito acidentalmente cantei. Em casamentos, baptizados, convívios efémeros, que sei eu? Como de resto sempre o tinha feito. As baladas surgiram como um produto anónino desse conjunto de circunstâncias, mas, também, com o tempo, sempre um interlocutor forçoso contava comigo. Mais do que simples forma musical vagamente lúdica ou combativa definiam uma atmosfera pré-existente nas coisas presentes e passadas. Nada mais do que um folclore de segunda ordem pronto a servir. 
O Rui Pato ajudou-me nas situações de maior responsabilidade perante públicos mais exigentes ou nas gravações. Comecei por cantar o que me vinha à cabeça, nas praias do sul ou em curtas deambulações por terras de província onde ampliei, fora do ambiente universitário, as minhas experiências mais duradoiras.
A mais recente pausa da minha vida veio cortar de forma imprevista as esperanças dum recomeçar.
Sem saber como, apesar das inevitáveis demoras burocráticas achei-me em Lourenço Marques com um lugar de professor. Mais umas baladas (as últimas) e uma transferência para a Beira. Novo lapso e uma última oportunidade que me veio através do TAB (Teatro dos Amadores da Beira). Cardoso dos Santos empenhava-se num prazo mínimo de tempo em preparar a encenação de “A excepção e a regra” de Bertold Brecht. Faltava musicar e adaptar as canções que figuravam na tradução de Francisco Rebêlo. Assim fiz. Depois disto a mudez ou a decadência. Não sei bem. 
Cidade da Beira 1967

19.9.11

Hotel Bragança

HotelBragança
Coimbra
Bonita imagem do antigo Hotel Bragança, demolido no final dos anos cinquenta do século passado, deu lugar ao actual edifício do mesmo hotel. Situado entre a Estação Nova e a Auto Garagem, tinha este atraente espaço ajardinado na entrada do Largo das Ameias.

17.9.11

Índios de Meia Praia



Original de José Afonso
Arranjo de Paulo Soares
Violas - Carlos Costa, Rui Poço Ferreira
Guitarras - Paulo Soares, Pedro Pinto, Luís Marques, Carlos Marques Ferreira

16.9.11

Universidade

coimbra-universidade

A Universidade de Coimbra é a universidade portuguesa melhor classificada no «raking» mundial «QS World University Rankings 2011». A instituição foi distinguida na 394ª posição. É a única, em Portugal, a constar no «top» 400 das melhores universidades do mundo publicado pela organização «QS - Quacquarelli Symonds».
A Universidade de Coimbra é também a universidade portuguesa mais bem posicionada em quatro dos «rankings», por área científica, instituídos pela mesma organização: Ciências da Vida e Medicina, Artes e Humanidades, Ciências Sociais e Gestão e Ciências Naturais.
A reputação académica, empregabilidade, citações científicas, desempenho dos estudantes, presença do corpo docente internacional e o número de estudantes internacionais nas instituições foram os cinco critérios de avaliação do «QS Top World University Rankings».

15.9.11

Cautela, não te aborreça


Fernando Rolim
Francisco Vasconcelos, Frias Gonçalves, Rodrigues Pereira e José Duarte


Cautela não te aborreça
A mágoa do nosso amor,
Que a vida quando começa
É por um grito de dor !

As nuvens brancas são asas
Do Anjo do meu amor,
Quando por mim vai rezar
Aos pés de Nosso Senhor !

14.9.11

Brasão de Coimbra

brasao coimbra

Já muito se escreveu sobre este brasão, mas a lenda relatada por Frei Bernardo de Brito é, sem dúvida, a mais bela e a de maior aceitação. 
Ataces, rei dos Alanos, depois de destruir completamente a cidade de Conímbriga, decidiu fundar ou restaurar uma outra com o mesmo nome na margem direita do Mondego. 
Quando Ataces andava a dirigir a edificação dessa nova Coimbra, eis que subitamente surge o rei suevo Hermenerico com o seu exército, para dela se apoderar e se vingar de derrotas sofridas. O combate que se travou entre as duas facções foi de tal modo sangrento que as águas do Mondego se tingiram de vermelho. 
Hermenerico retirou-se para o Norte, mas Ataces foi em sua perseguição e o rei suevo viu-se forçado a pedir a paz. Para tanto, ofereceu ao vencedor a mão da princesa Cindazunda, sua filha. Como é de regra em tais casos, diz a lenda que Cindazunda era extremamente bela e que Ataces logo dela se enamorou. Vem o régio par de noivos a caminho de Coimbra, acompanhado de sogro e pai, e em breve se realizam os esponsais e bodas, com a magnificência devida. 
Para comemorar tão extraordinário acontecimento, Ataces concedeu à cidade de Coimbra o brasão que ainda hoje se mantém no fundamental. A donzela coroada é Cindazunda; a taça representa o seu casamento com Ataces; o leão é o timbre de Ataces; o dragão, o timbre de Hermenerico.

13.9.11

Alta Noite na Sé Velha



1989
Serenata Monumental

Toada Coimbrã
Rui Pedro Lucas - cantor
Alcides Sá Esteves - cantor
António Vicente - Guitarra
João Paulo Sousa - Guitarra
João Carlos Oliveira - viola
Jorge Mira Marques - viola

12.9.11

Fonte da Cheira

Fonte da Cheira

Situada no Calhabé, a composição arquitectónica, em portal, desta fonte, foi transferida da capela da Anunciação ou das meninas de Palhavã, que se encontrava nas galerias do claustro de Santa Cruz desta cidade de Coimbra. Demolida a capela, foi colocada nesta fonte em 1860.

11.9.11

Onze de Setembro



Tal como em 19 de Dezembro de 1961, com a assassinato de José Dias Coelho aqui lembrado por Zeca Afonso, a morte também saiu à rua na data de 11 de Setembro. Foi em Santiago do Chile, no ano de 1973, onde mais de  três mil pessoas foram mortas e desaparecidas e vinte e oito mil torturadas. Foi em Nova Iorque, em 2001, com o morticínio de cerca de três mil cidadãos indefesos.  
___________________________

Santiago do Chile
O Golpe de Estado de 11 de Setembro, ocorrido no Chile em 1973, consistiu na derrubada do regime democrático constitucional do Chile, e de seu presidente Salvador Allende, tendo sido articulado conjuntamente por oficiais sediciosos da marinha e do exército chileno, com apoio militar e financeiro do governo dos Estados Unidos e da CIA, bem como de organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências nacionalistas-neofascistas, tendo sido encabeçado pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente.
Nova Iorque
Os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, foram uma série de ataques suicidas coordenados pela Al-Queda aos Estados Unidos. Na manhã daquele dia, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores, intencionalmente, bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos dos que trabalhavam nos edifícios. 
(Wikipédia) 

10.9.11

Querer

girassol

Sem cinzel se esculpe uma paixão
Na granítica rocha transmontana.
É bastante o pulsar do coração
Tomado pela melancolia
Do espaço montanhês
Que assalta a cada dia
Quem, como tu, cismontana
De longe ouves e vês
Os pássaros a cantar
A bruma do alvorecer
O latir aos lobos e o borbulhar
Da água das ribeiras a correr.

PM

9.9.11

Contos de Fajão

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Assim se rosna por sua vila e termo
O Juiz de Fajão estava um dia sentado à porta do tribunal com um pé calçado e outro não, a dobrar uma meada, quando chegou um sujeito ali dos lados do Vidual e perguntou: diz-me onde é que mora aqui o Juiz de Fajão? (não pediu por favor nem o tratou por senhoria)
E vai aqui assim o Juiz: olhe, o senhor vá por esta rua acima e volte por aquela rua abaixo; onde encontrar um homem sentado à porta, a dobrar uma meada, com um pé calçado e outro não, esse é que é o Senhor Doutor Juiz de Fajão.
O homem foi por aquela rua acima, voltou por aquela rua abaixo, e não encontrou nenhum homem sentado à porta, a dobrar uma meada, com um pé calçado e outro não, senão aquele. Então caiu nela e disse: saberá Vossa Senhoria que eu fui por esta rua acima e voltei por aquela rua abaixo, e não encontrei nenhum homem sentado à porta, a dobrar uma meada, com um pé descalço e outro não, senão Vossa Senhoria.
Vossa Senhoria é que é o Senhor Doutor Juiz de Fajão?
- Assim se rosna por sua vila e termo!

8.9.11

Tabernas de Coimbra



As tabernas, de épocas passadas, desempenharam um papel importante no seio das comunidades em que se inseriam, sendo testemunhos da vida económica, social, cultural e política das populações. Lugares de venda a retalho de vinhos e petiscos, funcionavam como espaços de sociabilidade, sobretudo, entre as classes populares e a academia. As tabernas de Coimbra, fazem também a história da cidade.

7.9.11

Greve Académica

Greve Académica 1907
1907
Coimbra

A Greve Académica de 1907 foi um dos acontecimentos sociais e políticos que mais marcou o governo de João Franco, tendo origem num incidente universitário, rapidamente se transformou num assunto de repercussões nacionais. A contestação estudantil pretendia uma renovação pedagógica, cultural, intelectual e política da Universidade de Coimbra que ocupava a posição cimeira dos estabelecimentos de ensino superior. A partir da década de 60 do século XIX que se verificam tensões entre o espírito universitário retrógrado e o espírito académico renovado, assim a Universidade de Coimbra tornou-se nestes últimos anos de monarquia num espaço de contestação e rebelião. Verifica-se cada vez mais um distanciamento entre a juventude estudantil e a própria instituição, que estava imbuída num liberalismo conservador de uma monarquia tradicionalista. Depois de na década de 70 terem existido as primeiras manifestações públicas de estudantes republicanos, os anos 80 são marcados por vários protestos estudantis contra o foro académico e em 1890 a Universidade foi palco de patrióticos protestos antimonárquicos por ocasião do Ultimato. Nos primeiros anos do século XX, anteriores à Greve de 1907, houve protestos em 1902 e 1903 contra a política religiosa de Hintze Ribeiro, o que levou à suspensão dos trabalhos escolares após confrontos entre alunos e as forças policiais, em que eram elaboradas cerradas críticas aos processos medievais da Universidade.

6.9.11

Recordando


Coimbra
Julho de 2009


Homenagem a António Pinho Brojo e António Portugal no adro da igreja de Santa Cruz.
Iniciativa do Grupo "Guitarras de Coimbra" a que se juntaram  alguns conhecidos cantores do Fado de Coimbra e ainda o Grupo de Canto e Guitarra de Coimbra do Centro Cultural Regional de Santarém.
Fernando Rolim canta o inédito "As Guitarras" e o Grupo interpreta "Trova do Vento que Passa".
Apresentação de Sansão Coelho

5.9.11

Feira dos Estudantes

Feira dos Estudantes
1870
O Largo da Feira em dia de Feira Franca


À semelhança da Feira Franca da Universidade de Salamanca, D. João III instituíu em Coimbra uma Feira Franca dos Estudantes que se realizava às terças feiras no Largo da Feira, terreiro fronteiro ao adro da Igreja do Colégio de Jesus ( Sé Nova).
O Largo da Feira foi, durante séculos, o forum académico por excelência. Ali se realizavam serenatas, discursos, assembleias magnas, a Queima das Fitas, provas espontâneas de ginástica, combates de jogadores de varapau e a temível "bicha" que serpenteando entrava e saía de vendas e tabernas.

Do cancioneiro popular:

Adeus, ó Largo da Feira
Cercado de cravos brancos
Onde o meu amor passeia
Domingos e dias santos

Senhor Francisco Bandarra
Na Feira dos Estudantes
Passeia de noute e dia
Só para ver as amantes

4.9.11

Estrelas


Augusto Simões

Augusto ("O Astrónomo") é uma figura emblemática da antiga e histórica aldeia de Podentes. Interessa-se e dedica-se ao estudo do nosso Universo. Fica aqui uma pequena amostra da sua sabedoria, exibida aos seus amigos, à porta da adega do Zé Falcão.   

2.9.11

Ondas do Mar


Fernando Rolim

Meu amor vem sobre as ondas
Meu amor vem sobre o mar
Ai quem me dera morrer
Nas águas do teu olhar

Dos meus olhos meu amor
Nascem as ondas do mar
Lágrimas tristes que choro
Saudades do teu olhar

1.9.11

Rostos

Foto de Luis Garção Nunes
Foto de Luis Garção Nunes

"(...) Crestados e encarquilhados, os rostos dos velhos parecem pergaminhos milenários onde uma pena cruel traçou fundas e trágicas legendas.(...)" 
Miguel Torga