31.12.11

Basófias

Vou encher a bilha e trago-a
Vazia como a levei!
Mondego, qu'é da tua água,
Qu'é do pranto que eu chorei

(António Nobre)




Capas Negras

Mondego chora por mim
As lágrimas que eu sei de cor
O que há-de ser de mim
Se já não sei do meu amor.

Mondego chora por fim
As lágrimas que minh'alma tece
Pois parece que não tem fim
A solidão que me amanhece.

Mas hoje seca teu pranto
Ergue os olhos levanta a voz
Que nascerá de nosso canto
Que nos fará não sentir sós.

Eduardo Filipe